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Você estava sentada na biblioteca tentando compreender Transfiguração há algumas horas, mas o conteúdo simplesmente não fixava na sua cabeça.
— Ugh. Por Merlin!
— Problemas com Transfiguração, Princesa da Sonserina? — Uma voz familiar falou ao seu ouvido, fazendo você se sobressaltar e sentir arrepios ao mesmo tempo. James estava atrás de você com aquele sorriso genioso que era exclusivamente dele.
Você e James se conheceram durante uma aula de poções compartilhada no segundo ano de ambos em Hogwarts. James havia te achado interessante e inteligente o suficiente para chamar a atenção dele. Ele se perguntou o por quê de não ter te visto na noite de seleção das casas, o que não era uma surpresa, centenas de crianças e adolescentes zanzavam pelo castelo naquela noite que não era totalmente impossível alguém passar despercebido.
Você ouvia com frequência sobre as pegadinhas e traquinagens que James aprontava com seus amigos desde seus primeiros dias em Hogwarts. Você desejava se aproximar dele, mas desistia por sempre ouvir piadas sem graça proferidas por um dos melhores amigos de James, Sirius, sobre os sonserinos.
O anseio pela atenção um do outro perdurou até o quarto ano, quando você resolveu iniciar uma verdadeira conversa com James no corredor enquanto esperava a professora chegar para começar a aula de Adivinhação. Antes dessa tentativa você e Potter só haviam trocado poucas palavras, nunca uma verdadeira conversa. James se mostrou contente com a sua iniciativa e tomou isso como uma brecha para se aproximar cada vez mais de você.
— Como você está com dificuldade nisso? Isso é assunto do primeiro ano! — James te olhou incrédulo. Claro que para ele era fácil, ele era um dos melhores, se não o melhor, na matéria.
— Você vai me ajudar ou vai julgar meus conhecimentos escassos em Transfiguração? — Você o indagou, suspirando e o olhando com impaciência.
— Eu posso até te ajudar, mas vou querer algo em troca. — Ele deu um sorriso maroto e você revirou os olhos.
— As pessoas perderam a humildade mesmo, ninguém não faz mais nada sem querer nada em troca. — Você negou com a cabeça. — O que você quer?
— Quero que você vá ao Baile de Inverno comigo. — Eles propôs, te olhando com expectativa nos olhos.
— O Baile de Inverno é daqui a seis meses, nem foi anunciado oficialmente ainda!
— E daí? Quero garantir que você vai dançar comigo. — Ele deu de ombros.
Você suspirou, olhando para o garoto de óculos na sua frente. Sua cabeça estava em um emaranhado de pensamentos.
— Eu vou com você. — Você sorriu, torcendo para que ele não ouvisse seu coração batendo forte no peito. Você tossiu, tentando retomar a postura. — Agora me ensina isso aqui.
Você não percebeu, mas as pupilas de James dilataram quando você deu uma resposta positiva para o convite dele, um silencioso mas potente "eu te amo" expressado nos olhos do garoto. . . . . . . . . .
Porque quem é vivo sempre aparece
Aconteceu muita coisa desde a última vez que eu postei, hein?
