VOCÊ ME ACEITA?

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🦇🌓

- Sente-se, desfrute um pouco de tempo com seu appa também.

Taehyung não sabia dizer o porquê, mas sua espinha dorsal congelou e seu cérebro emitiu sinal de alerta para todo o seu corpo. Aquela era uma atitude esperada de qualquer appa para com seu filho, menos do seu. O Kim mais velho sendo gentil com seu filho, era algo inédito desde que podia se lembrar. Com cuidado, ele apenas fez o que lhe foi pedido e sentou ao seu lado na mesa de jantar, onde aproveitavam a refeição após as reuniões do dia terem acabado.

- Eu estou orgulhoso de você, jovem Kim. Tenho ouvido notícias promissoras de nosso futuro Rei.

Taehyung estava a meio caminho de levar uma colher de ensopado até a boca, mas parou na mesma hora. Sim, aquela conversa definitivamente era inesperada e não era nada segura. Se controlando para não corrigir o "rei" com um "regente", apenas aguardou que o pai chegasse onde queria, permanecendo em silêncio.

- Dizem que o Jovem Kim finalmente largou sua rebeldia e agora é visto sendo cuidadoso e dominante com um ômega. - o ensopado desceu queimando seu peito.

- *cof cof* Do que você está falando? Eu não...

- Tsk! Não tente me fazer de bobo. Tenho um par de olhos em cada canto desse castelo. Foram eles que me disseram que o ômega dorme em seu quarto desde que trouxe ele consigo. Não entendo o motivo de escondê-lo de seu appa, você sabe que é o que eu mais quero.

- Você está me vigiando? Quantas vezes eu vou ter que repetir que meu companheiro é o Jungkook? Sinto informar, mas seu "par de olhos" não está enxergando muito bem!

- Tudo bem, tudo bem. - o mais Velho ergueu as mãos, desistindo da briga que mal começara. Ele estava muito satisfeito para tirar aquele sorriso mesquinho da cara. - Vou respeitar o seu espaço e engolir essa história de que você está treinando o garoto. Mas saiba que eu apoio.

Taehyung bufou aborrecido e tratou de terminar seu prato de uma só vez. O resto da refeição foi todo em silêncio, até que pediu licença e se retirou daquela sala sufocante. As pessoas nunca imaginariam o quanto era tóxico viver ao lado do próprio pai, Taehyung odiava aquilo.

Queria voltar ao quarto e saber se seus lobos já tinham voltado. Aquela caçada deveria ter sido rápida e feita antes da noite chegar. Contudo, antes que alcançasse o pátio de seus aposentos, Seojoon surgiu na sua frente.

- Tae-ssi!

- Hyung, está tudo bem? - questionou, ao perceber que o mais velho parecia muito afobado.

- O Jungkook e o Jisung... eles foram atacados. Eles saíram sozinhos e foram perseguidos.

- Onde eles estão, Seojoon-ssi? - o mais Velho baixou a cabeça. - SEOJOON! - o comandante gritou com o soldado, ao que ele se esquivava da pergunta.

- Encontramos apenas a moto do Jungkook. Ela estava na beira do penhasco do mar aberto. Tae-ah, não encontramos rastro dos dois.

Os braços e pernas do lúpus pareciam pesar uma tonelada. Ele os estendeu ao lado do corpo, sem forças para esboçar qualquer reação. A moto de Jungkook, no precipício, encurralados... apenas duas possibilidades: a morte pelas próprias mãos ou a rendição. As duas possibilidades assustavam demais o alfa lúpus, pois podiam significar a separação eterna.

A CURA ♔TAEKOOKMIN ♔Onde histórias criam vida. Descubra agora