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Nicole P.O.V on

Sai daquela escola a correr e dirigi-me para um praia conhecida minha que ainda ficava um bocado longe da escola mas, eu tinha que ir lá.

Aquela praia é muito importante para mim porque é um dos sítios que eu tenho mais recordações com o meu pai e quando vou até lá sinto que ele está comigo e faz-me sentir bem e em paz.

Dirigi-me até lá com passos apressados e lágrimas a escorrer-me pela cara, provavelmente quem olha-se para mim acharia que eu era uma louca mas eu não queria saber porque a dor de saber que a pessoa que eu mais confiava e que me tinha entregada, me tinha traído, bem ele não me traiu porque agente não tinha nada oficial mas, eu ao menos pensava que depois do que nós tínhamos passado juntos, ele sentia alguma coisa por mim mas parece enganei-me.

Cheguei á praia, e como já esperava esta encontrava-se vazia. Cheguei até beira-mar e descalcei-me e comecei a andar em direção a uns rochedos que ainda ficavam um bocado longe. Enquanto andava frases que o Calum me tinha dito vinham à cabeça " desculpa por tudo o que te fiz, "eu agora vou- te compensar" " nunca mais vou deixar que ninguém te magoe" "vou-te proteger de tudo".

Enquanto pensava comecei-me a rir pelos nervos que me estavam a vir à flor da pele, era engraçado que ele tinha feito tantos promessas e com um simples ato demonstrou que se estava a borrifar para mim e foi ai que cheguei a uma conclusão. Ele nunca gostou de mim, ele provavelmente queria vir para a cama comigo outra vez e disse umas falinhas e eu burra como sou acreditei e fiz o que ele pretendia.

Ele que nunca mais me dirija a palavra por amor de deus!!

Já tinha chegado aos rochedos e estava com tanta raiva que pontapeei uma das rochas que estava lá , mas não me deu muito resultado porque uma das pedrinhas acabou por se espetar no me pé.

- Ai caralho, merda , fodace - gritei para mim própria enquanto me sentava na areia.

Tentei tirar a pedra mas cada vez que tocava, doía-me mais.

-Asério o que mais me pode acontecer hoje! -resmunguei.

E foi ai que comecei a chorar ainda mais, eu chorava pela porcaria da pedra que me estava a aleijar, chorava pela minha merda de vida , chorava por o meu pai me ter abandonada e o pior de tudo chorava pelo um amor destroçado e era isso que me fazia sofrer mais. Eu estava tão stressada e nervosa que acabei por espetar as unhas no meu braço e, só quando comecei a ver sangue é que as tirei.

-Está ai alguém?- perguntou uma voz grave e eu tentei esconder-me atráz de uma rocha, eu não queria que ninguém me visse neste estado.

-Eu sei que está ai alguém, eu ouvi-te a chorar- voltou a dizer e por azar meu, nesse preciso momento funguei.

Deixe de ouvir os barulhos a até pensei que essa pessoa se tinha ido embora.

-Aqui está ela- disse a voz atráz de mim e eu dei um salto e agarrei-me mais aos meus joelhos.

-Não precisas de ter medo, eu ouvi alguém a chorar e queria ver o que se passava- disse e eu continuava calada.

-Estás bem? - Preguntou.

-Não- finalmente respondi e senti essa pessoa a sentar-se ao meu lado na areia.

Espreitei pelo canto do olho e vi que era um rapaz pelo estilo de calções que usava e pelas vans mas ainda não lhe tinha visto a cara.

-Sabes eu não te queria assustar nem nada mas, tens o teu pé a sangrar- disse.

-Eu sei- respondi, eu não queria falar com ninguém será que esta alminha ainda não percebeu isso?.

My bully {c.h}Onde histórias criam vida. Descubra agora