18.

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Peguei alguns alimentos que Jenna tinha deixado no banco de trás do carro e voltei para a cachoeira. Ortega estava com um óculos escuro, inclinada um pouco para trás e apoiada nos braços enquanto sentia a luz do sol a bronzear naturalmente. O seu biquíni preto realçava todo seu corpo e suas curvas.

Visão dos deuses.

— Pronto. — avisei a minha chegada, fazendo ela virar o rosto na minha direção. Eu tinha colocado um short, mas deixei o sutiã a mostra, sem me preocupar se ela estava encarando ou não.

Deixei o bolo de chocolate, algumas frutas, torradas e suco natural em cima do lençol úmido. Ortega me ajudou a espalhar a comida pelo pano.

Parti um pedaço do bolo de chocolate com uma faca e mordi, fechando os olhos ao saborear o alimento.

— Eu tô amando ficar aqui. Com você. — ela adicionou, sorrindo na minha direção.

— Eu também. — respondi, depois de engolir o bolo.

— Sabe de uma coisa? — ela colocou o suco natural em dois copos de plástico, me entregando um deles. — Eu precisava de passar um tempo com você pra ter certeza de uma coisa.

Engoli a seco.

— Que coisa?

Jenna finalmente me olhou, com os olhos brilhando de sempre. Um pequeno sorriso iluminava ainda mais o seu rosto, acompanhado de covinhas baixas nas bochechas.

— Eu não quero ter um relacionamento profissional com você. — era o que faltava pra minha pressão ir no chão e voltar. Meu coração errou outra batida e eu sorri. Ela se aproximou, deixando o copo de suco no lençol.

Jenna chegou perto o suficiente para encostar nossas pernas quando ela estivesse sentada ao meu lado. Ela inclinou um pouco seu corpo na minha direção, encarando a minha boca com luxúria, para então passar o polegar na ponta dos meus lábios, limpando um pouco de cobertura de chocolate.

Ela lambeu o dedo, ainda me olhando.

— Não tem nada a dizer?

— O que você quer que eu diga? — devolvi, a sentindo tão perto que eu poderia avançar contra a sua boca a qualquer momento.

Deu de ombros.

— Não sei. Talvez pudesse concordar comigo.

— Você sabe que eu nunca concordei com todo aquele papo de relacionamento profissional.

— Posso falar a verdade? — perguntou, cruzando as pernas e olhando para o lago. Fiz um som na garganta, indicando que ela podia continuar. — Eu estava confusa sobre os meus sentimentos. E eu precisava de espaço.

— Pelo jeito você achou muito espaço na boca do Chalamet. — brinquei, me lembrando dos dias que eu morri de ciúmes dos dois.

— Eu pensei que estava fazendo a coisa certa. — balançou a cabeça, olhando pra baixo. Por algum motivo, parecia que ela estava nervosa assumindo isso em voz alta. — Mas não estava. Quando eu te disse que beijei ele pensando em você, não estava mentindo.

Suspirei.

— E você gostou? Do beijo.

— Não. — ela riu. — Eu também disse a verdade quando falei que não tinha gostado. — assenti, analisando a paisagem. Apesar das confissões, o clima ainda estava descontraído, tornando a conversa mais fácil. — Enfim, eu precisava de espaço. Você me deu muito espaço e eu fiquei perdida sem saber o que fazer.

— E acabou que você fez merda. — completei. Ela riu anasalado, assentindo.

— Exatamente. Então eu fui conversar com Emma e ela me ajudou muito em relação aos meus sentimentos e toda a confusão daquele dia.

— E o que concluiu?

— Que eu te devo desculpas por ter sido babaca. E por ter confundido seus sentimentos.

— Você não me deve desculpas. Nós não estamos juntas então-

— Não. A gente devia ter conversado e eu não podia machucar seus sentimentos daquela forma. — ela tinha muita maturidade emocional, e isso com certeza mexeu ainda mais comigo.

— Tudo bem, então. Eu aceito suas desculpas.

Ela sorriu.

— Se eu te der um beijo e você não gostar, você me devolve? — perguntou, conectando nossos olhares.

Sorri de lado.

— E se eu gostar? — devolvi a pergunta, aproximando nossos rostos mais um pouco. Jen encarava minha boca profundamente.

— Você me devolve em dobro. — respondeu e eu não hesitei um segundo em em seu pescoço, puxando seu rosto na minha direção para que finalmente pudéssemos colar nossas bocas sem estar gravando aquele filme.

Era só eu e ela, sem câmeras, produção e elenco.

Jen sorriu, inclinando seu corpo na minha direção e abrindo um pouco mais a boca para aprofundar o beijo. Sua língua tocou a minha e eu retribuí, afundando os dedos no seus fios castanhos curtos.

A garota colocou uma mão na minha cintura e apoiou a outra no lençol do lado do meu corpo para segurar o peso do próprio corpo. Sua mão apertava a minha pele sem pressa, mas a sua boca me beijava com vontade. Parecia que ela queria fazer isso há muito tempo.

Nos afastamos por falta de ar, mas seu rosto ainda continuou próximo ao meu. Tão próximo que eu conseguia sentir a respiração dela batendo contra o meu rosto. Sua boca estava entreaberta e ela respirava com um pouco de dificuldade, ofegante.

— Você tá com gosto de chocolate. — sussurrou, me roubando um selinho.

— Eu gosto de chocolate.

— Eu também. — ela se afastou, sentando ao meu lado com um sorriso bobo. Eu estava da mesma forma. Nós duas parecendo duas idiotas apaixonadas.

Apaixonadas.

— O que vai ser de nós agora? — perguntei, depois de alguns minutos em silêncio.

— Não vamos nos preocupar com isso agora, okay? — perguntou, voltando a se aproximar. — Por enquanto eu quero te beijar. Posso?

— Fica a vontade.

Netflix | Jenna Ortega Onde histórias criam vida. Descubra agora