7 - Contrato de negócios.

835 96 9
                                    

- Eu vi a entrega pela internet. - Ramez estava do outro lado da linha. - Você estava linda, filha.

Simone estava jogada na cama, vestida com seu pijama de bruxinhas, enquanto contava detalhes da cerimônia para seu pai.

Não fazia nem vinte e quatro horas que estavam longe um do outro, mas a saudade já maltratava os dois.

- E a mamãe? - Perguntou animada. Ela também viu? Gostou do discurso que eu fiz?

- Sua mãe deve estar se gabando com as amigas agora. - Ramez riu. - Ela só sabe falar de você, e do quanto você estava linda e blá blá blá...

- Está com ciúmes, senhor Ramez? - brincou.

- Lógico que não, vocês são as mulheres da minha vida.

Regina sentiu o coração apertar, e se odiou por isso. Era algo inevitável, Ramez era a parte boa dela, ele era o que ainda mantinha algo bom em Simone.

Ela imaginou a reação que Ramez teria, se soubesse a verdadeira razão dela estar no Brasil... Decepção.

Ramez enxergava a filha como um anjo, a menina que chegou e mudou a vida de sua família, que deu a Fairte a possibilidade de ser mãe, ele via em Simone, uma bondade que nem ela era capaz de ver, e isso a deixava aflita.

- Eu tenho que desligar, pai. - Se apressou em dizer. - Amanhã tenho uma reunião logo cedo.

- Está tudo bem meu anjo, durma bem e não se esqueça de ligar.

- Não vou me esquecer.

- Eu te amo filha.

- Eu te amo pai. - Disse, desligando o celular - Me perdoa.

-------------------------------------------------------

Eduardo não pode acreditar, quando sua secretária anunciou com quem era a reunião da manhã, se ele soubesse que a encontraria naquele dia, teria se arrumado um pouco mais.

- Mande-a entrar. - ordenou a secretária.

Quando voltou, a jovem secretária estava acompanhada de Simone Tebet, a mulher que o fez perder o sono.

Eduardo não conseguia entender o que estava acontecendo com ele, afinal, Simone era só uma mulher, bonita e inteligente, mas uma mulher.

- Senhorita. - indicou a cadeira para ela. - A que devo a honra de sua visita, senhorita Tebet?

- Não precisa tanta formalidade. - Ela sentou e cruzou as pernas, ciente do olhar de Eduardo.

- Pode me chamar de Simone.

- Claro. Então, Simone, a que a que devo a honra de sua visita?

Simone sentiu vontade de rir, mais rir muito, com o charme barato que Eduardo jogava para cima dela.

Tolo.

- Bom, o senhor deve saber...

- Sem formalidades, lembra?

Simone jogou as mãos ao alto e sorriu timidamente.

- Me pegou. - Foi o que disse.

Ela notou o efeito que, aquela pequena frase teve sobre Eduardo, ele não conseguia esconder o desejo que sentia e isso só a divertia mais.

- Bom, como você já deve saber, eu vim ao Brasil para cuidar dos negócios da família. - Voltou a falar. - E um dos interesses de meu pai, é que o seu escritório fique encarregado do nosso departamento jurídico.

- Uau. - Eduardo se surpreendeu. Como uma mulher tão bela e tão jovem, poderia ser tão profissional? - Estou lisonjeado, não sabia que sua família acompanhava meu trabalho.

- Claro que acompanhamos. Simone sorriu de lado. - Bem mais do que imagina.

A frase, cheia de duplo sentido, de Simone, deixou Eduardo  um tanto curioso.

Ela estava dando condições para ele?

- Então, o que me diz?

Simone tinha consultado ao pai pela manhã, e mesmo sem entender direito, Ramez deu permissão para a filha fazer a proposta a Eduardo.

A idéia de Simone era simples, ela daria a Eduardo tudo o que ele pudesse imaginar, o faria se sentir o dono do mundo, só para depois ter o prazer de lhe tirar tudo.

O faria subir, pois quanto mais alto estiver, maior é o tombo.

- É claro que aceitamos. Ele se levantou, e estendeu a mão para ela. - Eu vou tratar dos seus negócios pessoalmente.

- Isso é ótimo. - Simone aceitou o aperto de mão. - Vi que vamos passar muito tempo juntos.

- Isso é bom - Eduardo a acompanhou até a porta.

- Isso é ótimo. - Ela sorriu e saiu rebolando em direção ao elevador.

REVENGE - Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora