Quarto do casal.
Biblioteca.
Escritório.
Banheiro.
Cozinha.
E nada.
Simone revirou a casa de cabeça para baixo, e não achou absolutamente nada, que ligasse Eduardo morte de seus pais.
Ela poderia jurar que ele ainda tinha esses documentos, tinha que ter. Ele não se livraria de algo que o fizesse lembrar de sua "vitória", não com o ego que tinha. Mas ela já tinha procurado por todo o lado.
Bom, menos em um lugar.
O quarto de Janja.
Por que ele guardaria algo tão importante, no quarto de uma drogada?
Ela não sabia responder, mas não custava nada dar uma olhada. Já não tinha nada a perder mesmo.
O quarto de Janja ficava no segundo andar, o último do corredor, não foi difícil de achar, já quero era o único cômodo que ela não tinha olhado.
A decoração do quarto, surpreendeu Simone. Ela esperava algo mais pank, mais medonho e assustador. Ao invés disso, encontrou um quarto cor de rosa, com flores espalhadas pelas paredes. Muito parecido com o quarto que tinha na infância.
Simone balançou a cabeça, afim de tirar aqueles pensamentos da cabeça. Não era a hora para melancolia, muito menos lembranças tristes.
No fundo, ela tinha pena de Janja. A menina não tinha culpa de ter um pai cretino e uma mãe rodada. Se fosse em outros tempos, Simone poderia até se solidarizar com ela, mas infelizmente, não tinha outro tempo.
Simone analisou o quarto, pensando onde Eduardo poderia ter escondido aquele maldito inquérito.
Se Eduardo realmente o escondeu ali, foi em um lugar que Janja não tivesse acesso, ele não ia querer que sua princesinha descobrisse o monstro que ele era.
Embaixo do colchão seria fácil para que alguém encontrasse.
Na cômoda, não parecia uma boa idéia.
Foi então que um quadro chamou a atenção de Simone.
Eduardo e Janja estavam sorridentes na pintura pendurada na parede, até que o quadro era bonito. E parecia pesado.
Simone resolveu arriscar. Tirou o quadro da parede e bingo.
Atrás da moldura, tinha uma espécie de fundo falso, onde Simone encontrou um envelope amarelado.
- Vai ser rápido. - Ela ouviu uma voz no corredor. - Só preciso trocar esse vestido.
- Merda. - Simone sussurrou.
Foi o tempo de Simone colocar o quadro no lugar, e a porta foi aberta.
Janja parou na porta, e encarou a intrusa no seu quarto.
- O que você está fazendo aqui? - Perguntou, com certa prepotência.
- Estava procurando o toalete. - Simone falou a primeira coisa que pensou, e só depois se deu conta de que aquela era a desculpa mais esfarrapada possível. - Acabei me perdendo.
- O toalete dos serviçais fica lá embaixo, está aberto.
- Ui. - Simone ergueu as mãos. - Que ofensivo.
Janja estava acompanhada de uma outra garota, e seu vestido azul estava molhado por uma bebida qualquer. A menina parecia muito irritada por encontrar a outra em seu quarto.
- Não pensa que me engana com esse seu jeitinho de boa moça. - Janja falou, se aproximando de Simone. - Eu sei o tipo de mulher que você é.
Simone riu do tom ameaçador da menina, e se sentia pena antes, já não sentia mais. Janja era tão prepotente quanto a mãe, e tão mau caráter quanto o pai.
- Cuidado com o que diz. - Foi a vez de Simone ameaçar.
- Por que, não gosta de ouvir a verdade? - Ela se virou para a garota que a acompanhava. - Ou não quer que as pessoas descubram a vagabunda que você é.
Simone sorriu perigosamente.
- Vagabunda? - Ironizou. - Do tipo que dá pra traficante, em troca de droga?
Janja abriu e fechou a boca, procurando por uma resposta a altura.
- Sua vadia! - Rosnou. - Aposto que isso vem de família. - Sua mãe deve....
Simone não economizou na força do tapa, deixando o rosto de Janja vermelho. A menina levou a mão ao rosto, e encarou Simone, surpresa pela atitude que tomou.
- Disse pra ter cuidado com o que diz! - Simone passou por ela, esbarrando em seu ombro.
- O que está acontecendo? - Soraya entrou no quarto, e não entendeu bem o que estava acontecendo.
- Essa... - Janja olhou para Simone, e ao notar o sorriso maldoso, pareceu mudar de idéia. - Mulher me bateu.
Soraya encarou Simone por um tempo, e logo voltou o olhar para a noiva.
- Controla sua bonequinha. - Simone falou. - Uma dose de cocaína deve acalmá-la.
Dito isso, Simone saiu do quarto, deixando todos sem fala.
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REVENGE - Simoraya
Fanfic- Por que a deixou viva? - Um dos capangas perguntou. - Ela é só uma criança idiota. - O patrão respondeu com tom de desdém. - Não vai fazer mal a ninguém. - Errou! - Simone sussurrou sorrindo. 🚨 História adaptada 🚨 ✨ Autora original: @Ally_Li...