Capítulo 12

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SORAYA

— Soraya meu bem, precisa acordar, já está tarde.

— Só mais um pouquinho. — digo puxando a coberta para o rosto o cobrindo.

— Já são quase 12 horas e você precisa comer já que não tomou café da manhã. Não estou gostando desse comportamento seu, vai acabar ficando doente se não comer direito.

— Inferno. — gritei quando me dei conta do horário. — A Maria Luísa vai me matar. — disse me descobrindo rapidamente e saindo da cama num salto indo para o banheiro da suíte.

— A Maria quem?

— Maria Luísa. — falo enquanto tiro toda a minha roupa e entro debaixo do chuveiro.

— A Maria Luísa é aquela...

— Sim, ela mesma. — gritei de dentro do banheiro enquanto me enrolava em uma toalha e voltava para a parte do quarto.

— E como foi que vocês...

— Carlos, estou mesmo adorando conversar com você, mas preciso terminar de me arrumar. Ela pediu que eu fosse buscá-la na escola hoje e já estou super atrasada. Ela vai me matar!

Termino de me vestir o mais rápido que posso e sigo ao encontro da peste mimada.

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Cheguei na escola e Maria Luísa me esperava na calçada escorada em uma árvore do canteiro da escola, ao me ver ela se aproximou do carro e se debruçou sobre uma das janelas abertas e começou um sermão total irritada.

— Soraya, até que enfim! Que inferno, não sabe o que é relógio não?! Porra! Dez anos te esperando, não sei pra que um relógio desse tamanho nesse braço magrelo se não vai ser útil porque nem as horas você sabe ver nele.

— Oi pra você também Maria Luísa. — suspiro. — Desculpa, eu não pretendia ter me atrasado, ok?! Dormi mais que deveria e me atrasei.

— Porra, só sabe dormir também! — diz indignada.

— Entra!

— Olha, eu juro que se você se atrasar outra vez, eu te mato. Tive que aturar um monte de criança correndo feito loucos e esbarrando em mim toda hora por sua causa, viu?! — Entra no carro se sentando e fazendo cara de nojo.

Sorrio
— São apenas crianças, Malu. O que eles poderiam fazer de mal pra você?

— Aff, Soraya! Como você é... ah, deixa pra lá.

— Agora estou curiosa, me fala.

— Não, deixa! Vai ser melhor assim. Enfim, vamos?! Estamos paradas aqui já tem 800 anos. — entra no carro e bate forte a porta.

— Vamos pra onde? Pra onde quer ir?

— O que acha de irmos para o shopping? Eu sei que você odeia comida desse tipo, mas podemos comer um hambúrguer com batatas fritas e anéis de cebola e refrigerante.

— Não é saudável, Malu. Se sua mãe descobrir ela vai brigar com a gente.

— Só dessa vez, Soraya e para de ser chata. — me dá um soquinho no braço — e ela só vai descobrir se alguém contar né. Você vai contar?

— Caramba, você não brincou quando disse que iria me dar trabalho hein, garota?!

— Você me conhece, Soraya. Deveria saber que eu não brinco.

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MALU

Assim que chegamos ao shopping fizemos os nossos pedidos e nos sentamos na praça de alimentação para aguardar até que tudo ficasse pronto, enquanto isso, ficamos jogando conversa fora até eu criar coragem para chegar ao ponto.

Amores Ocultos - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora