capitulo 23

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SIMONE

— Oi amor. — ela se aproximou de mim e me deu um beijo no rosto enquanto eu conversava com Kajuru sobre alguns PL que estávamos desenvolvendo. Senti meu rosto congelar.

— Amor? Ué não sabia que estava namorando a Soraya, Simone. Então era isso toda as carinha ruim de vocês nas outras sessões? Tinham brigado?— brinca.

— O que? Não estou namorando a Soraya, é só amizade e você sabe como a Soraya é e que ela gosta de ficar assim o tempo todo com todo mundo que ela admira. É assim desde a faculdade. Ela foi minha aluna. — sorrio.

— Só amigas então soraya? — Kajuru gargalha olhando para Soraya.

— Sim, claro. — engole em seco e corre os olhos ligeiramente em minha direção —  com certeza. — sorriu fraco.

Olhei para Soraya e notei seus olhinhos enchendo de lágrimas. Ela abaixou a cabeça devagar, se despediu de Kajuru e em seguida e saiu.

Continuei a conversa com o senador mais velho simplesmente pra não dar muito na cara a situação, o que não tinha adiantado nada. Observamos Soraya sair.

— Simone, minha amiga, não devia ter feito isso com ela.

— Mas ela não é minha namorada e eu sinceramente não aguento mais tanto grude e o comportamento infantil dela cheio de piadinha, zoação.

—  Não minta para si mesma, Simone.

— Eu não estou...

— Eu vi Simone. Para de negar. Nem parece que se humilhou tanto assim pra ela. Sabe quando ela vai querer olhar pra você de novo? Nunca!

— A questão é que eu não tenho mais paciência pra ela. Ela é um grude, chora por qualquer coisa e eu sempre tenho que fazer tudo por ela porque senão ela acha que eu não a amo mai e não é assim que as coisas funcionam. Eu tenho pavor a toques físicos, eu me esforço só que está passando dos limites. E sem contar que ela fica o dia todo mandando mensagem fofinha e eu nem sei responder isso. — suspira. — quer que eu faça o que?

— Isso foi uma confissão? Bem, seja sincera com ela. Diz que você ama ela, mas que existe outros meios de demonstrar isso e que o tal grude incomoda. Diz com cuidado e então demonstre da forma que você sempre faz e que consiga fazer ela se sentir amada e não agindo igual um cavalo e ela não tem culpa dos seus traumas, então se vira.

— Como você viu? Você entrou no meu gabinete quando eu e ela estávamos nos beijando?

— Sim, e vocês estavam tão agarradas que nem perceberam.

— Juro que vou demitir aquela secretária incompetente. — bufo de raiva.

— Pra que? Chega de ódio Simone e a moça não fez nada demais. Por que ao invés de ir demitir ela, você não vai falar com a sua namorada?

— Namorada? Garanto que é ex agora. Olha, eu simplesmente desisto.

Encerrei por ali a conversa com o outro senador, não me despedi porque estava em tremendo ódio e digamos que pensando em como contornar a situação. Eu sabia que Soraya estaria triste e emburrada, mas não poderia fazer muito a respeito já que a culpa era minha mesma, então apareci no meu gabinete para pegar algo e me surpreendi quando encontrei a mesma sentada no sofá da minha sala chorando. Me aproximei devagar e a observei por segundos.

— Posso sentar?

— O sofá é seu ué, por que está pedindo?

— A gente pode conversar?

— Foi pra isso que eu vim né.

— Meu amor, não chora.

— Não sou seu amor, você mesmo disse, então por favor, não me chame assim.

Amores Ocultos - Simone e SorayaOnde histórias criam vida. Descubra agora