SIMONE
— Oi amor. — ela se aproximou de mim e me deu um beijo no rosto enquanto eu conversava com Kajuru sobre alguns PL que estávamos desenvolvendo. Senti meu rosto congelar.
— Amor? Ué não sabia que estava namorando a Soraya, Simone. Então era isso toda as carinha ruim de vocês nas outras sessões? Tinham brigado?— brinca.
— O que? Não estou namorando a Soraya, é só amizade e você sabe como a Soraya é e que ela gosta de ficar assim o tempo todo com todo mundo que ela admira. É assim desde a faculdade. Ela foi minha aluna. — sorrio.
— Só amigas então soraya? — Kajuru gargalha olhando para Soraya.
— Sim, claro. — engole em seco e corre os olhos ligeiramente em minha direção — com certeza. — sorriu fraco.
Olhei para Soraya e notei seus olhinhos enchendo de lágrimas. Ela abaixou a cabeça devagar, se despediu de Kajuru e em seguida e saiu.
Continuei a conversa com o senador mais velho simplesmente pra não dar muito na cara a situação, o que não tinha adiantado nada. Observamos Soraya sair.
— Simone, minha amiga, não devia ter feito isso com ela.
— Mas ela não é minha namorada e eu sinceramente não aguento mais tanto grude e o comportamento infantil dela cheio de piadinha, zoação.
— Não minta para si mesma, Simone.
— Eu não estou...
— Eu vi Simone. Para de negar. Nem parece que se humilhou tanto assim pra ela. Sabe quando ela vai querer olhar pra você de novo? Nunca!
— A questão é que eu não tenho mais paciência pra ela. Ela é um grude, chora por qualquer coisa e eu sempre tenho que fazer tudo por ela porque senão ela acha que eu não a amo mai e não é assim que as coisas funcionam. Eu tenho pavor a toques físicos, eu me esforço só que está passando dos limites. E sem contar que ela fica o dia todo mandando mensagem fofinha e eu nem sei responder isso. — suspira. — quer que eu faça o que?
— Isso foi uma confissão? Bem, seja sincera com ela. Diz que você ama ela, mas que existe outros meios de demonstrar isso e que o tal grude incomoda. Diz com cuidado e então demonstre da forma que você sempre faz e que consiga fazer ela se sentir amada e não agindo igual um cavalo e ela não tem culpa dos seus traumas, então se vira.
— Como você viu? Você entrou no meu gabinete quando eu e ela estávamos nos beijando?
— Sim, e vocês estavam tão agarradas que nem perceberam.
— Juro que vou demitir aquela secretária incompetente. — bufo de raiva.
— Pra que? Chega de ódio Simone e a moça não fez nada demais. Por que ao invés de ir demitir ela, você não vai falar com a sua namorada?
— Namorada? Garanto que é ex agora. Olha, eu simplesmente desisto.
Encerrei por ali a conversa com o outro senador, não me despedi porque estava em tremendo ódio e digamos que pensando em como contornar a situação. Eu sabia que Soraya estaria triste e emburrada, mas não poderia fazer muito a respeito já que a culpa era minha mesma, então apareci no meu gabinete para pegar algo e me surpreendi quando encontrei a mesma sentada no sofá da minha sala chorando. Me aproximei devagar e a observei por segundos.
— Posso sentar?
— O sofá é seu ué, por que está pedindo?
— A gente pode conversar?
— Foi pra isso que eu vim né.
— Meu amor, não chora.
— Não sou seu amor, você mesmo disse, então por favor, não me chame assim.
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Amores Ocultos - Simone e Soraya
FanfictionUma história onde Soraya Thronicke, recém empossada Senadora da República passando por uma crise em seu casamento, se descobre presa em um amor oculto por Simone Tebet, sua colega de bancada, e ex- professora da faculdade de Direito. 🏅02/03 - #1 po...