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UM MÊS DEPOIS.

Hayley Marshall

Estamos em uma busca incansável por alguma pista que me ajude a encontrar os meus pais.

Nesse último mês, eu tenho trabalhado, procurado, e ainda consegui tempo com ele, apenas nós dois.

Mas esse assunto sobre a minha família não me deixa muito contente, eu quero muito saber quem eles são. Elijah disse ter uma pista, e falou que vai me contar hoje a noite, vamos ao cinema.

— Que desculpa você deu para as duas essa vez? — Perguntou quando eu entrei em seu carro aquela noite.

— Que iria assistir a um filme de terror sozinha, elas odeiam terror, eu também, mas ela não precisam saber disso!! — Olhei pra ele, e desci o olhar para os seus lábios. — Oi,lindo!

— Oi,princesa! — Ele me beijou, o frio que estava me fazendo tremer na frente do prédio havia sumido com o calor que ele emanava de seu corpo.

Tem sido assim, não conseguimos ficar no mesmo ambiente sem nos beijar, é uma tortura incansável quando tem outras pessoas com a gente, e não podemos falar pra ninguém, não ainda.

Está tudo ótimo, tenho medo de estragar.

Elijah é tudo que eu pensava, e mais um pouco. Uma coisa que eu notei desde que começamos a ter algo, é que ele faz de tudo para me ver feliz, sempre tenta não me decepcionar, isso deixa as expectativas mais altas.

Para uma pessoa que visivelmente parece muito fria, ele é extremamente carinhoso comigo.

— Não é querendo estragar o clima mas, o que você disse que queria me contar? — Mordi o lábio, essa mania nunca passa.

— Eu não vou enrolar, acho que seus pais são os Labonair. A quase vinte e dois anos eles tiverem sua filha sequestrada, ninguém sabe do paradeiro da menina. E você, é idêntica a esposa dele, ou é tudo uma grande conhecidencia, ou você é a bebê sequestrada!

Meu queixo caiu completamente.

Eu sei sobre a história do sumiço da bebê deles, mas nunca associei a mim, pensando por esse lado, faz muito sentido, as freiras nunca me disseram quem são meus pais, e com essa possibilidade, tudo muda.

— Elijah, vamos ter que deixar o cinema pra depois. Você sabe onde eles moram? Eu quero ver com meus próprios olhos! — Ele me olhou surpreso.

— Você tem certeza? Podemos estar enganados, e você pode ficar muito mal se não for a bebê!

Ele entrelaçou os dedos aos meus e beijou a minha mão.

— Eu quero isso, sinto dentro de mim que é verdade!

— Então tudo bem, vou levar você até eles!

Elijah dirigia rápido, o movimento nas ruas era fraco, e facilitava a nossa passagem, em dez minutos estamos parados em frente a uma enorme mansão em um condomínio de luxo.

— Pronta? — Perguntou quando saímos do carro de mãos dadas.

Respirei fundo, meu coração estava acelerado de adrenalina, se for verdade, eu posso finamente ter encontrado a minha família.

— Sim! — Ele se aproximou da porta e tocou a companhia, as luzes da casa estavam acesas, indicando que tinham pessoas acordadas lá.

A porta se abriu e era o senhor Labonair, ele olhou para nós dois confusos.

— Elijah? Senhorita Marshall?Aconteceu alguma coisa?

Nós entres olhamos.

— Precisamos conversar, será que podemos entrar? — Perguntou.

— Claro, fiquem a vontade! — Deu passagem para a gente entrar na casa.

Era uma verdadeira mansão, as estrutura arquitetônica tinha uma similaridade, tenho certeza que os Mikaelson estão responsáveis por ela.

— Pai, quem está aí? — Ouvimos uma voz masculina de dentro da casa, um rapaz apareceu. — Elijah? Iae parceiro, quanto tempo!

O rapaz cumprimentou Elijah gentilmente com um abraço.

— Quanto tempo mesmo Marcel, não sabia que estava de volta na cidade, quando voltou da Espanha?

— Voltei ontem, a mamãe tava precisando da minha presença aqui. Quem é ess....— a voz dele foi morrendo quando olhou pra mim. — Não é possível!

Engoli em seco.

— Precisamos realmente conversar! — Elijah disse.

Ele, o rapaz chamando Marcel, nos levou até a sala, seu pai vinha atrás de nós.

— Sentem-se, vou chamar a minha mãe! — Ele saiu da sala correndo.

Apertei a mão de Elijah, meu corpo inteiro tremia de nervosismo.

O senhor Labonair olhava para nós dois curioso, quando sua esposa entrou na sala acompanhada do filho, eu precisei levantar no sofá para ter certeza que estava vendo aquilo.

Ela reparou na minha presença e seus olhos encheram de lágrimas, eram idênticos aos meus. Ela é idêntica a mim, parece que estou me olhando no espelho, só que alguns anos mais velha.

— Isso é impressionante! — Disse Elijah. — Isso só comprova que estamos certos!

— Você poderia explicar,rapaz?

Os três começaram a falar sobre a nossa teoria, mas eu não ouvia nada, meus olhos estavam pregados na minha parada a minha frente, seus olhos, seus nariz, sua boca, era tudo igual a mim, a expressão confusa, a cor do cabelo, completamente idêntica.

Ela me olhava do mesmo jeito, ambas parecíamos estar vendo um fantasma do passado.

Uma lágrima escorreu pela minha bochecha, meu coração batia forte, o frio na barriga foi substituído por uma sensação quente.

A mulher se aproximou de mim e passou a mão no meu rosto, fechando os olhos.

— Minha garotinha....— Suas palavras chamaram a atenção dos três.

Fechei os olhos sentindo o carinho do toque, parceria que eu já havia sentido antes.

— Você voltou! — Ela simplesmente me abraçou.

Eu retribui o abraça, apertando bem ela entre os meus braços, não havia dúvida, ela é a minha mãe.

Consigo sentir, o meu coração diz isso, e tenho certeza que ela sente também.

— Hayley é a filha de vocês! — Escutei Elijah dizer.

Abri meus olhos, os dois homem olhavam para mim boquiabertos, abri os braços para eles se juntarem, e ambos vieram, até arrastaram Elijah para isso.

Eu chorei, chorei muito abraçada a eles, desde criança esperei por esse momento, o momento que finalmente teria a minha família para mim, e agora eu tenho mais outra pessoa, alguém que gosta de mim, e está me fazendo muito feliz.

Estou realizada!

-🥀-

Nessa história, as coisas acontecem rápido.

Destiny - Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora