Página 12|Katanas e Espadas

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A noite já reinava sobre toda clover, Asta usava uma das mãos para puxar um bandido que havia pego mais cedo enquanto a outra vasculhava a bolsa do garoto em busca de um comunicador que funcionava a base de mana, a qual estava quase acabando, talvez durasse mais duas ligações curtas. Haviam tantas coisas dentro da bolsa que estava sendo difícil achar o'que procurava, ainda mais por ter a escuridão tomando conta de tudo, mesmo que desse atenção apenas para a busca não havia nem sentido o toque gelado daquele comunicador, estava tão concentrado naquilo que nem ouviu Toritaro o chamando enquanto ia na direção dele, correndo atrás de algo que brilhava em vermelho, só percebeu quando o algo em questão lhe bateu na testa.

⎯⎯ Hein?! ⎯⎯ Ao olhar para frente pode ver o grimório de cinco folhas onde Liebe estava. ⎯⎯ O que você quer? ⎯⎯ Indagou, pensando que era o irmão quem veio até ele por conta própria, todavia, essa idéia não durou muito tempo depois do livro se abrir e do espaço entre duas folhas um cabo de uma espada sair. ⎯⎯ Que isso? ⎯⎯ Perguntou, retirando a espada do grimório, esta que era totalmente negra e enferrujada, e com certeza cega, ela era maior e mais pesada do que a katana que o grisalho costumava usar, não que fosse um problema para ele que treinava incansavelmente o corpo todo santo dia, mas era estranhamente diferente. ⎯⎯ Pera.... Então, isso quer dizer que agora eu tenho dois grimórios?!

O pássaro líquido o olhou, como se estivesse pensando sobre aquilo, mas não era tão necessário, afinal a resposta era óbvia. Os olhos do humano brilharam como se estrelas tomassem o lugar das esmeraldas assim que a resposta se tornou tão visível quanto uma luz no fim do túnel.

⎯⎯ Incrível! ⎯⎯ Exclamou, animado com a situação, segundos antes de questões começarem a aparecer, as mais notáveis sendo "Como?" e "Por que?". ⎯⎯ O que você acha, Toritaro? ⎯⎯ O questionado apenas balançou a cabeça para os lados, indicando que também não tinha entendido o'que diabos estava acontecendo. ⎯⎯ Hummm... Então, é melhor descobrirmos logo! Ou talvez depois... ⎯⎯ Por segundos havia esquecido da existência do bandido desmaiado atrás de si, quando lembrou mudou completamente o tom de voz que usava.

Deixando aquela situação de lado, por enquanto, ele colocou a espada no grimório, o qual foi colocado na bolsa enquanto o grisalho puxava algo dourado de lá, finalmente havia encontrado o comunicador. Após apertar alguns botões pode ouvir uma voz saindo de lá.

⎯⎯ Central de atendimento do exército de magos, em que podemos ser úteis?

⎯⎯ É que eu me encontrei com um bandido agora pouco, aí eu dei uma surra no maluco, e ele tá aqui mortinho da silva e eu queria saber se alguém podia vim busca e prende ele.

⎯⎯ Você matou ele?!

⎯⎯ Não~~ Só dei uma coça nele tão bem dada que nem de pé ele fica mais.

⎯⎯ Sei... E qual seria a sua localização?

⎯⎯ Sabe Hage? Então, tem a entrada, aí tu pega e vai pro lado contrário, segue reto a vida toda e aí você acha uma casa de madeira cheia de florzinha azul ao redor, é lá que eu tô.

⎯⎯ Entendido, em breve algum cavaleiro mágico deve chegar aí, fique de olho no bandido e não deixe que ele fuja, aliás, quem seria esse bandido?

⎯⎯ Eu não sei... Acho que era Benedict da eu sei lá o'que mágica.

⎯⎯ Oi? Tem como repetir?

⎯⎯ Benedict com alguma coisa mágica no final.

⎯⎯ Ta.... Os cavaleiros já vão chegar aí.

⎯⎯ Obrigado.

A ave observava toda aquela situação se perguntando como alguém poderia ser como o dono dela era e julgando mentalmente o mesmo.

⎯⎯ Qual foi? ⎯⎯ Perguntou, quando percebeu o olhar estranho do ser líquido sobre si, que apenas voltou a olhar para frente.

O último descendenteOnde histórias criam vida. Descubra agora