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"Palavras não bastam, não dá pra entender
E esse medo que cresce não para
É uma história que se complicou
Eu sei bem o porquê

Qual é o peso da culpa que eu carrego nos braços
Me entorta as costas e dá um cansaço
A maldade do tempo fez eu me afastar de você

E quando chega a noite e eu não consigo dormir
Meu coração acelera e eu sozinha aqui
Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão
Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão"
– Tiê


Nojo
/ô/
substantivo masculino
1. sentimento de repulsa que algo desperta num indivíduo, que o faz evitá-lo, não querer tocá-lo; repugnância, asco. "n. de barata"
2. FIGURADO sentimento de repulsa por um fato ou comportamento vergonhoso, baixo, vil, sem ética; repugnância, asco, abominação.


Maya Mount Londres, Inglaterra

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Maya Mount
Londres, Inglaterra.


— Mason? — Meu irmão já estava prosseguindo na direção do próximo bloco de assentos, querendo falar com nossos pais.

— Sim? — Ele resmunga.

Mount já estava adaptado com a nova derrota, mesmo triste, um sorriso fraco se fazia presente em seu rosto, meigo e dócil. Ele passou os últimos 5 minutos em meus braços se lamentando e recuperando as energias do desgaste em campo.

— Quero entrar no campo. — Suas sobrancelhas se levantam em surpresa.

— Maya, o que vai fazer? — Paula pergunta, enquanto deixava carícias na mão de Timo, que a garota segurava como se fosse um objeto frágil e precioso.

— A família de Pulisic também está no campo, o que me impede de estar também? Sou da família de Mason. — Contorno a pergunta, apontando para o americano que abraçava uma mulher, que eu assumi ser sua mãe.

— Tudo bem. — Mount me lança um olhar de desentendimento e desconfiança, indo na direção do segurança, que segundos depois libera minha entrada.

Estou no campo.

Meus olhos acompanham Kai, que está andando em direção a um painel de vidro colocado próximo à entrada para o túnel, e lá se encontravam pelo menos 6 pessoas com microfones e câmeras apontadas na direção do alemão, que parecia não ter nenhuma vontade de fazer aquilo, levando em consideração seus passos lentos para chegar ao local.

Eu o sigo em meio a grande quantidade de familiares no campo, em sua maioria família dos jogadores do Liverpool. E quando passo por Pulisic, um sorriso triste e envergonhado surge em seus lábios, deixando um aceno no ar para mim, que retribuo o ato.

Eu deveria estar com um crachá ou algo do tipo, ou pelo menos estar ao lado de meu irmão, que agora, ao olhar para trás, sumiu em meio à multidão.

Aqueles Olhos | Kai HavertzOnde histórias criam vida. Descubra agora