IV

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POV Juliana

Ao chegar em casa, fui para a cozinha para ver se arrumava algo para almoçar. Felizmente, dentro da geladeira tinha os últimos pedaços da pizza que comi com Liam ontem à noite. Enquanto colocava um pedaço num prato e levava ao microondas, meu celular vibrou em cima da mesa. Peguei-o e desbloqueei o ecrã, vendo uma mensagem de Louis.

Pode vir amanhã para cá? Às oito se não for problema. Preciso te mostrar umas coisas. Já aproveite e traga tudo o que achar necessário manter na sua sala. Até, Louis. :)

Olhei para a tela por um momento e depois respondi.

Claro. Te vejo amanhã. Juliana x

Respirei fundo ao mesmo tempo em que o microondas apitava.

(...)

Meu despertador tocou estridente às seis e meia da manhã. Rolei na cama e desliguei-o. Bufei enquanto saia cambaleando da cama até o guarda-roupa, tirando de lá uma camisa de seda branca com alças e uma calça social azul marinho, com um sapato branco de salto alto. Se alguém da minha vizinhança me visse iria pensar que virei rica. A verdade é que depois que percebi ontem que meu terninho não poderia ser usado todos os dias dentro da maldita empresa tive que passar em uma loja com nome difícil e comprar roupas sociais que me manterão dentro dos padrões das pessoas cheias de dinheiro que vão todos os dias para o prédio do Styles. Deixei a roupa e cima da cama e dirigi-me ao banheiro para um banho.

Depois do banho, sequei os cabelos, prendi algumas mechas da frente com um grampo e coloquei a roupa. Desci e preparei um chá. Logo em seguida olhei para a caixa que continha as minhas coisas que levaria. Meu celular apitou. Olhei para o ecrã. Um email. Desbloqueei a tela. Ah Deus.

"Será bom te ver, Juliana. Talvez esteja livre hoje. Um jantar de negócios, garanto. Hx"

Não tive a coragem para responder, então só bloqueei o ecrã e o coloquei o aparelho sobre a mesa da cozinha.

(...)

Parei o carro no estacionamento e saí, pegando a caixa com as minhas coisas. Atravessei as portas duplas e fui até a recepção. A mesma garota de ontem me olhou e eu dei um sorriso.

-Eu... – fui interrompida pela voz de Louis.

-Por aqui. – ele falou com um sorriso. Eu dei um sorriso.

-Oi Louis. – falei.

-Bom Dia Juliana. – ele deu um aceno com a cabeça e arrumou a gravata do terno cinza enquanto andava até o elevador. Ele deu menção de pegar a minha caixa. – Eu levo isto. – ele falou e não me deu tempo para responder, somente tirou-me a caixa das mãos e apertou o botão do elevador. – Eu vou mostrar a sua sala, mas antes o senhor Styles gostaria de falar com você.

-Há quanto tempo trabalha para ele Louis?

-Desde que o pai dele morreu. Eu tive que segurar a empresa enquanto ele ainda estava de luto e depois ele voltou.

-E você faz o que exatamente? – perguntei de novo. Quando Louis olhou-me, dei de ombros.

-Eu o ajudo a administrar. É uma empresa enorme Juliana. Não há ninguém que consiga lidar com tudo sozinho. – ele respondeu e suspirou. – Seria muita coisa nas costas dele e como melhor amigo... Eu só sinto que devo ajudá-lo.

-É muito bonito da sua parte pensar assim. – o elevador abriu, Louis e eu entramos e antes que a porta pudesse fechar uma mão branca a faz abrir de novo. Uma loira alta e, devo dizer, linda, entrou.

-O que você veio fazer aqui? Já não o importunou demais? – ele perguntou e a loira levantou uma sobrancelha perfeita.

-O que? Eu falei que viria.

STOCKHOLM SYNDROME | H. STYLESOnde histórias criam vida. Descubra agora