XVI

76 8 11
                                    

POV Juliana

James escoltou-me de volta a empresa. Louis esperava-me e eu nem conseguia concentrar-me em seu rosto, tal era a minha raiva e mágoa.

-Você sabe o que porra ele acabou de fazer? - gritei para Louis, atraindo a atenção de algumas pessoas. Louis estava calmo demais o meu gosto. Olhei novamente para James.

-Não grite. - James me repreendeu. Mordi o lábio inferior, lembrando da porra de promessa que fiz a Harry.

-Ju, é difícil de explicar. - ele levantou as mãos, tentando me acalmar.

-Eu tenho a noite toda, afinal o meu namorado entrou num carro desconhecido, com um homem, que, certamente o odeia e nós estamos aqui, tendo que ficar calmos. - eu sorri para eles. Louis assentiu.

-Vamos subir então. Preciso te mostrar uma coisa. - ele apontou o elevador e James e eu o seguimos.

Chegamos ao andar onde eu e Louis trabalhamos e fomos diretamente para sua sala. Lá, ele tirou um monte de papéis de uma gaveta e colocou em cima da mesa. Sentei em frente a ele, de braços cruzados.

-Antes de você pensar que o tempo todo eu sabia disso, vou dizendo que está muito enganada. Você perguntou sobre o que tinha acontecido e a minha curiosidade bateu para descobrir mais sobre isso. Então... Ok. - ele abriu uma das pastas. Fotos e documentos dentro dela.

-Esse é o pai do Harry. - ele apontou para a foto de um Senhor. Olhei a foto por uns instantes.

-O que o pai dele tem a ver com isso? - perguntei sem entender.

-O pai do Harry foi morto. Ele não faleceu de alguma doença ou algo naturalmente irreparável. Ele foi morto a tiros.

-Eu sei. E?

-E que o Harry não estava em um bom momento nessa época. Ele estava triste e jurou a si mesmo que pegaria o culpado. - eu balancei a cabeça, ainda sem entender. Louis suspirou. - Os únicos que tinham registros das antigas fábricas de seu pai, eram os Horan.

-Então, o pai do Harry vendeu as fábricas aos Horan e foi morto por quê?

-Porque os Horan queriam apenas o terreno e não as empresas. Talvez alguns lotes sim, mas todo o complexo? Nunca. Então, a grande maioria ficaria desempregada, transformando uns em revoltados. E um desses matou o pai de Harry. - ele falou.

-Ok, o pai do Harry morreu. E depois?

-Harry queria tanto encontrar o culpado, que foi capaz de tentar fundir as duas empresas para que conseguisse as informações que queria. Mas, no se metendo com o Niall, se meteu em dinheiro sujo e mercado negro. Isso, e coisas piores.

-Ah meu Deus. - abri a boca quando ele mostrou-me o tipo de coisa que Harry foi forçado a concordar e com quem trabalhou, tudo por causa de vingança.

-Essas pessoas agora não tiram as garras do Harry, e suponho que nunca ira tirá-las completamente. Quando ele tiver algo de que elas precisam, ele virará um alvo novamente. - ele coçou o pescoço.

-E agora, Niall o levou por algum motivo, não podemos simplesmente esperar.

-Temos ordens quando algo deste tipo acontece, Srta. - James finalmente se pronunciou.

-Que tipos de ordens? - perguntei.

-O Sr Styles não quer que procuremos ou nos metamos no que ele trabalha.

-Mas... Isso é ridículo. Como assim quando algo deste tipo acontece, já aconteceu antes?

-Acontece várias vezes ao ano. Ás vezes demora uns três meses, mas nunca o deixam em paz. - Louis falou. - Eu não sei para onde o levam ou o que o forçam a fazer, mas ele sempre volta para baixo.

STOCKHOLM SYNDROME | H. STYLESOnde histórias criam vida. Descubra agora