*repostado* (Sorry o transtorno)
Até que o dia passou depressa. Com o tanto de trabalho acumulado, nem percebi o dia passando.
Por mais que o Liam fale que estou me sobrecarregando, eu penso o contrário. Eu tenho um trabalho, um namorado que, claramente, se preocupa comigo e tenho amigos. Não é distração. É seguir em frente. Eu to tentando seguir em frente, tentando esquecer o que aconteceu com meu irmão. Eu preciso disso. Eu sei que Liam quer que eu siga em frente, mas ele quer que eu leve isso à passos de tartaruga. Lenta e cansadamente.
Eu preciso conversar com alguém. Não consigo fazer com que o Liam entenda o que eu sinto, mesmo que ele seja o único a conhecer esse meu lado e saber o que fazer quando eu tenho crises. E todos sabemos que,na terapia, se um dos dois - terapeuta e paciente - não estiver inteiramente envolvido e levando à sério, a terapia não surte efeito. É o meu caso. E ele sabe disso. Até já me indicou alguns professores e psicólogos que conhece. O problema é: se nem com o meu melhor amigo eu me abro direito, imagine com um completo estranho. O que eu penso sobre um psicólogo é que ele te manipula a dar as respostas que ele precisa, o que você não consegue fazer. Por um lado, é uma ótima tática. Por outro, como posso confiar em abrir a minha mente confusa para alguém manipulador?
Liam fala que estou sendo teimosa. Que, na verdade, só sinto vergonha de conversar com um profissional.
E talvez ele esteja certo. Talvez eu queira falar para mim mesma que está tudo bem e que eu consigo agüentar só porque eu me sentiria uma louca por entrar em um consultório para falar de meus problemas, talvez eu esteja sendo fresca e talvez eu precisasse de um chacoalhão para ver se acordo.
É como chamar-me de louca. Alguém que precisa de medicamentos, ajuda. Alguém que não está no controle de si mesmo. É isso o que o Liam fala. Se eu não estou no controle de mim mesma, como poderei trabalhar, estar em um relacionamento, quando qualquer coisinha, faz-me abandonar tudo e trancar-me em casa? E, sabe, eu concordo com ele, só que eu estou no controle. Eu consigo lidar com a minha vida sem despencar de novo. E eu odeio sentir-me indefesa. É como se não fosse capaz de controlar minha própria mente e, para mim, isso é enlouquecer.
Além do mais, seria mais uma pessoa que saberia o que acontece comigo. Humilhante.
Posso até estar sendo ridícula, mas é assim que penso e não mudarei minha mente só porque meu amigo disse que seria bom para mim.
-Está dormindo? - Louis perguntou ao entrar na minha sala, sem bater, obviamente.
-Não, só pensando. - respondi enquanto voltava a uma posição ereta.
-Sem querer me intrometer, mas já me intrometendo. No que está pensando? - ele perguntou e depois continuou. - Se forem fantasias eróticas com o Harry, aí você pode me poupar. - ele fez cara de nojo.
-Idiota. To pensando na festa. Toda aquela gente arrumada dando dinheiro. - eu suspirei. - Deve ser assustador.
-Depois de algumas, você se acostuma. - ele deu de ombros.
-Ugh! Você podia falar "não é tão ruim!" ou "você vai se sair bem!", mas como é o Louis, tem que ser honesto...
-Meu nome do meio. - ele sorriu. - Prometo deixar a sua noite de amanhã mais iluminada com a minha presença num smoking bem lindo. - ele deu uma piscada. - E você poderá conhecer a Eleanor.
-Ah, que legal. - o sorriso de Louis aumentou - A parte de conhecer a Els e não a de você iluminar minha noite. - ele mostrou a língua.
-Chefinho deve querer te levar para casa. Assim o Pierre pode arrumar vocês dois.

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STOCKHOLM SYNDROME | H. STYLES
Fanfiction"Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. A síndrome de Estocolmo...