POV Juliana
Eu nunca entenderei porque pessoas mais velhas acordam mais cedo. Minha mãe fala que eles preferem começar o dia bem cedo para aproveitá-lo ao máximo.
Eu prefiro dormir.
-Vamos levante. – minha mãe entrou no quarto e abriu a janela – Olha o dia, que coisa linda de se ver e você perdendo tudo isso enquanto dorme. – ela falou, olhando para fora da janela. Eu fechei os olhos e puxei o cobertor por cima do cabeça. – Vamos Juliana, levante! – ela falou e puxou o cobertor, começando a dobrá-lo. – Seu namorado não irá vir para cá?
-Você ouviu isso?
-Eu ouço tudo. – ela deu uma risada. Balancei a cabeça e levantei da cama, pegando as minhas toalhas.
-Vou tomar banho nesse caso. – sorri e fui em direção ao banheiro.
Tomei o banho e voltei para o quarto, enrolada na toalha. Minha cama estava arrumada e vi minha mãe pegar sapatos do chão para guardar dentro do closet.
-Mãe, o que você ta fazendo? – perguntei, colocando as mãos na cintura.
-É que eu não consigo me controlar. – ela sorriu, ainda arrumando as minhas coisas.
-Mãe, pare com isso Não é para você arrumar nada. Eu me acho na minha bagunça.
-Por que só este quarto está bagunçado e o resto na casa não? – ela deu uma risada, enquanto se sentava na ponta da cama, pegando e sobrando algumas roupas. Eu suspirei e resolvi desistir.
-Porque eu achei que ninguém iria entrar no quarto. E ele não está bagunçado. Só não está igual o resto da casa. – dei de ombros, colocando uma calça jeans preta e uma blusinha de alças azul. Calcei umas sapatilhas da mesma cor e fui em direção ao espelho para arrumar o cabelo. Prendi-o numa trança lateral, e umas mechas soltaram-se. Suspirei para aquela rebeldia e balancei a cabeça. Voltei meus olhos para a minha mãe, que agora, guardava as roupas no closet.
-Pronto, agora sim. – ela sorriu. Devolvi-o e chamei-a para descermos. Minha avó e meu avô estavam acomodados no sofá, assistindo ao noticiário da manhã. Dei um beijo na cabeça de cada um.
-Já tomaram café-da-manhã? – perguntei e minha avó sorriu assentindo. Virei-me para a cozinha.
Tomei uma xícara de café, afinal a minha querida mãe sabe mexer nessa nave espacial que é essa cafeteira. Comi algumas bolachas também. Meu celular vibrou em cima da mesa. Peguei-o e olhei a mensagem que acabara de chegar.
Bom dia, babe. Eu devo chegar aí ao 12:00. Prefere que eu chegue mais cedo?
Dei um sorriso ao ver que era Harry. Digitei a resposta.
Bom dia, Sr Styles. Hmm, 12:00 não é para o almoço estar pronto? O que você pretende fazer para almoçarmos?
Deitei o celular na mesa por alguns minutos e fui lavar a xícara para a pia, lavando-a em seguida. Limpei os farelos da mesa, ao mesmo tempo em que o celular vibrou novamente.
Hm, ok. 11:30 eu to aí.
Olhei para o relógio. 10:00. Sua resposta era vaga e eu quase mandei a mesma mensagem para ver se ele respondia tudo, em vez disso respondi:
:* Beijo, Sr Styles.
Harry não respondeu, mas eu tenho a certeza que ele sorriu ao ver a mensagem.
(...)
Ouvi uma buzina. Levantei do sofá, onde eu estava empoleirada nos meus avós. Corri para a porta, abrindo-a bem a tempo de ver Harry sair de seu carro, vestido da forma mais casual possível. Ainda assim, sabia que a roupa dele valia bem mais que qualquer coisa que eu pudesse ter no closet. Sua calça jeans era preta como sempre, com rasgos no joelho, sua camiseta era vermelha com listras pretas e eu admirei por um segundo o quão bem ele fica em vermelho, e suas botas habituais. Ele tinha um óculos de sol no rosto e o cabelo bagunçado arrumado, se é que isso faz sentido. Não faz. A garota ruiva falou em minha mente, enquanto ria dos meus pensamentos. A loira olhou com desaprovação para ela. Mas eu entendi o que você quis dizer. A loira falou dando-me um sorriso encorajador.
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STOCKHOLM SYNDROME | H. STYLES
Fanfiction"Síndrome de Estocolmo é o nome dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. A síndrome de Estocolmo...