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POV Juliana

Louis mostrou-me tudo que tinha que mostrar. Ainda assim, sabia que iria me perder pelos corredores nos primeiros dias. Quando voltamos para a minha sala, já era 11h15min.

-Vou buscar a papelada do Harry e já volto. – ele falou. Assenti e ele saiu da sala, deixando a porta aberta. Fui em direção da caixa e comecei a arrumar a sala. Talvez eu traga alguns livros para colocar nas prateleiras. Louis voltou com, Meu Deus, uma pilha de papéis enorme. – Pensou que era pouca coisa não é? – ele riu.

-Pensei que era menos. Mas tudo bem. Dê-me. – falei estendendo os braços.

-Não vai trabalhar hoje certo? – ele perguntou enquanto colocava os papéis em cima da mesa.

-Seria bom trabalhar. Olha o tanto de coisa. – apontei para o monte de folhas. Louis negou com a cabeça.

-Não. Começará só segunda. Relaxe garota. Não é o fim do mundo. Só um pouco de trabalho. – ele riu e eu fiz uma careta. – Vai almoçar onde? – perguntou enquanto dava uma olhada no celular.

-Não sei. Acho que o Harry que vai decidir. – falei. Louis levantou uma sobrancelha e cerrou os olhos.

-O "Harry"? Harry, meu amigo? O seu chefe? Ele vai te levar para almoçar? – perguntou.

-Pensei que tivesse ouvido antes. – brinquei com meus dedos, ficando nervosa.

-Só, por favor, seja difícil. – ele falou dando um sorriso.

-Louis, ele meio que... – fui interrompida pela porta sendo aberta.

-Vamos? – Harry perguntou da porta. Assenti e peguei a bolsa.

-Oi para você também. – Louis disse e deu uma reverencia. Harry revirou os olhos.

-Te vejo mais tarde Louis. – sorri para ele e passei por Harry. O mesmo se despediu de Louis e seguiu-me até o elevador.

-Por favor, diga-me que me levará ao Burger King. – eu sorri. Harry deu uma risada.

-Não. Mas o risotto de lá é ótimo. Você vai gostar. – o elevador abriu e nós entramos.

Quando o elevador abriu novamente, Harry saiu e eu o segui pelas portas até uma BMW preta. Um homem alto e musculoso abriu a porta do carona para mim. Ouvi Harry dizer um "Obrigado James." E entrar no carro, colocando a chave na ignição.


Passamos a viagem num silêncio total. Não estranho, mas tenso. Chegava a ser palpável. Harry bufava para o trânsito e eu somente encostei a cabeça no vidro.

-Chegamos. – ele disse, enquanto estacionava o carro na frente de um pequeno restaurante italiano.

-Por que este restaurante? – perguntei enquanto ele abria a porta do carro para mim.

-Porque ele é aconchegante. E a comida é ótima. – ele disse simplesmente.

-Pensei que você gostasse de luxo. – conclui enquanto entrava no restaurante. A porta com um sino anunciando a nossa entrada. Harry escolheu uma mesa afastada e puxou uma cadeira para eu me sentar. Uma senhora veio e anotou os pedidos com um sorriso doce. Quando ela saiu, perguntei.

-Então? Queria que eu te conhecesse mais não é? – perguntei. – Pode falar. – Harry semicerrou os olhos e deu um sorriso de lado.

-Curiosa. – falou baixo.

-Só um pouquinho. Seu pai faleceu, certo?

-Sim.

-Só isso? – perguntei. – Como ele morreu?

STOCKHOLM SYNDROME | H. STYLESOnde histórias criam vida. Descubra agora