VII

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POV Juliana

Eu tinha arrumado uma bolsa com, bem, o necessário, afinal, não dormirei em casa pelo jeito. Harry ainda lia concentradamente o livro quando entrei no quarto.

-Eu estou pronta. – falei. Ele tirou os olhos das páginas e olhou para mim.

-Ok, deixa eu só terminar de ler essa parte. – ele falou e eu ri.

-Em que parte está?

-Ah, você sabe, Catherine vai casar com outro em vez de com Heathcliff. – ele falou, ainda lendo. Assenti e deitei-me ao seu lado para acompanhar a leitura. Ele terminou a página e virou-se para mim. – Vamos? – levantou-se num pulo.

-Vamos. – levantei também, peguei a minha bolsa e descemos as escadas.

-Tem que pegar mais alguma coisa? – perguntou.

-Não. – respondi e ele assentiu, dirigindo-se para a porta. Abri-a e Harry saiu, colocando óculos de sol. – De onde tirou esses óculos?

-Do além. – ele mexeu as mãos misticamente. Quando eu ri, ele só acrescentou. Tranquei a porta e fui atrás dele. – Estavam no meu bolso, sorte que não quebrou quando sentei no sofá. – evitei seus olhos e fui para a porta do carona. Harry destrancou o carro e eu entrei. Joguei minha bolsa no banco de trás. Ele deu a partida e entramos na primeira avenida que levava ao centro. Harry cantarolava juntamente com os Rolling Stones, e acho que estou gostando até demais da voz dele descontraída desse jeito. Paramos em frente a um prédio enorme.

-Uau. – murmurei, tentando enxergar o fim do prédio. Tirei o cinto de segurança e continuei vendo através do vidro, quando a porta foi aberta e eu só não me esborrachei no chão porque alguém segurou fortemente no meu braço.

-Desculpe, Sra. – um homem de terno falou.

-James, guarde na garagem. – Harry jogou a chave na direção de James, que me ajudava a levantar. James pegou a chave, ainda com a mão no meu braço.

-Obrigada, James. – sorri para o homem. Ele somente deu um aceno com a cabeça. Peguei minha bolsa no banco de trás e segui Harry pela entrada do prédio enorme. Eu observei cada detalhe do saguão do prédio. Eu podia morar ali, sem brincadeira. Senti o braço de Harry sobre meus ombros e sua boca na minha orelha.

-Não encare, é estranho. – ele sorriu e voltou a olhar para a frente.

-Desculpe, Sr Riquinho, mas não estou acostumada a tudo isso. – falei, assim que entramos no elevador. Ele apertou o último botão. Claro. Harry Styles mora na cobertura, onde mais?

-Vai ter que se acostumar. – ele resmungou. Revirei os olhos e mordi o lábio inferior, olhando os números dos andares aumentarem. 20° andar. Puta merda, é alto. Com certeza é alto. A garota ruiva da minha mente estava com uma mochila e se preparava para pular de paraquedas. A loira a olhava indignada, enquanto se segurava firmemente ao chão.

-Bem-vinda. – ele falou, assim que entramos no apartamento. Sem chave, sem porta. O elevador só abriu. – Ao esplendoroso Horizon.

-Horizon? – perguntei.

-O nome do edifício. – ele esclareceu. – Quer beber alguma coisa? Ou comer?

-Não obrigada. – falei. A escada era logo de frente, a cozinha à minha direita, a minha esquerda ficava um corredor que eu não sabia onde dava e atrás da escada estava a sala, com uma TV enorme e um sofá que cabia uma família de sete pessoas. E, a parte mais bonita, as janelas que iam do teto ao chão. Eu juro que dá para ver Londres inteira daqui de cima. É lindo. Sem brincadeira. Deixei minha bolsa ao lado do sofá e fui ver o que estava em cima da mesa de centro. Várias revistas em que o "Sr Styles" aparecia em pelo menos uma foto na coluna social. E em todas as fotos, com uma garota diferente. Dei um risinho.

STOCKHOLM SYNDROME | H. STYLESOnde histórias criam vida. Descubra agora