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Pov Park Chaeyoug

Fazia alguns dias que Jisoo estava em minha casa, tudo estava tão lindo e ótimo, nunca me cansaria de acordar e olhar para seu rosto sereno e descansado, mas como nem tudo é flores, meu pai estava cada dia mais diferente.

Algumas vezes pegava ele me olhando, não com um olhar caloroso, mas como se tentasse decifrar tudo o que se passa em minha cabeça, bom, espero que ele não tenha aprendido a ler mentes, porque não irá gostar muito do que se passa na minha.

— No que está pensando? — escutei Jisoo dizer enquanto se despertava de seu sono.

— Em como seria engraçado se meu pai soubesse que só se passa você em minha cabeça — respondo e vejo suas bochechas ficarem rosadas. — É fofo como você ainda fica sem graça.

— Eu te odeio — Jisoo diz com um sorriso no rosto. — Você acha que ele sabe?

— Não tenho certeza — Respondo, levando minha mão até seu rosto, deixando pequenas carícias em sua bochecha. — Está bem óbvio e ele não costuma ser burro, mas também não costuma bancar o sonso.

— Acha que ele falaria com você? — Ela pergunta, e eu não tenho uma resposta. — Ele está diferente né... Vai ver ele mudou.

— Eu realmente espero que sim, não sei se apreciaria ficar longe de você por escolhas de outras pessoas — digo e vejo ela levar sua mão até a minha.

— Dará tudo certo, meu amor — Jisoo diz e escutamos batidas na porta, provavelmente de meu pai já que ele tem feito isso com frequência. — Irei tomar banho, converse com ele — Disse e me deu um selinho rápido.

Jisoo se levantou e caminhou até meu banheiro enquanto eu soltava um longo suspiro, levantando para abrir a porta.

— Chaeyoug — Meu pai começa. — Bom dia, querida...

— Pai, são nove horas da manhã — Digo e vejo ele assentir com a cabeça. — Precisa de algo?

— O café está na mesa — Ele diz e eu sei que ele tem mais para dizer, então apenas fico em silêncio esperando o que viria a seguir. — Sabe eu estava pensando, que tal sairmos para um piquenique?

Talvez, pela primeira vez na vida, desde minha mãe, meu pai esteja tentando ser, de fato um pai, talvez esteja tentando ganhar o tempo perdido já que está tentando se aproximar desde que eu e Jisoo chegamos, talvez ele me ame mesmo que eu ame uma garota, mesmo que eu ame Kim Jisoo.

— E então, o que me diz? — ele termina, com um sorriso branco que parecia sincero, e tudo que consigo fazer é abraça-lo.

O abraço era forte, papai demorou um pouco para respondê-lo, talvez pelo impacto que anos sem nem ao menos conseguirmos trocar mais que cinco palavras por dia tenha tido.

— Acho que eu e Jisoo adoraríamos ir com o senhor em um piquenique — respondo enquanto o solto, e ele parece aliviado.

— Certo então, desçam e tomem café, mais tarde irei pedir para que preparem alguns lanches para irmos. — Ele diz rapidamente e fecha a porta.



O resto da manhã se passou tranquila, tomamos café e ficamos assistindo algumas series até o horário do almoço, estávamos na cozinha, esperando meu pai chegar de seus compromisso enquanto conversávamos sobre como faríamos na semana seguinte para visitarmos a mãe de Jisoo, estava sendo um dia bom e confortável, bem, pelo menos até meu pai aparecer, se sentando a mesa com um garoto que nunca havia visto antes.

— Chaeyoung, quero que você conheça o filho de meu amigo da empresa, seu nome é Choi Soobin — Fiquei paralisada, lembro de como ele fez a mesma apresentação quando chegou com Jimin, não consigo acreditar que ele estava apenas fingindo esse tempo inteiro. — Ele irá passar alguns dias conosco.

Boa sorte Kim! [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora