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Pov Kim Jisoo

- Sinto muito -, escuto Chaeyoung dizer. - não era assim que eu queria que as coisas acontecessem. 

Estamos sentadas em um banco de algum parque vazio, um pouco longe de sua casa, estávamos em silencio apenas sentindo o vento em nossos rostos, e apesar de não conseguir olhar para ela, eu sei que suas lagrimas já haviam se secado. 

- Sabe, não é como se isso estivesse ao seu controle - digo, me ajeitando no banco para olhar em seus olhos. - Não esperava que o marmanjo inteligente do seu pai fosse decidir te empurrar pra um cara na minha frente, eu quem deveria pedir desculpas por não ter me comportado. - meu olhar cai em suas mãos se apertando fortemente em sua coxa. 

- Tenho medo de você me deixar. - Chaeyoung solta - Tenho medo de que se canse de tudo isso, do meu mundo, que perceba que merece um amor calmo e sem complicações e não um turbilhão de situações por onde quer que você vá. 

- Não quero um amor calmo ou sem complicações, Park. - digo, com um sorriso apesar de lágrimas pesadas insistirem em cair. - Quero você, não me importo com tudo isso que pode vim, desde que você esteja do meu lado e eu esteja segurando sua mão. - Toquei em seu braço e seus olhos saíram de qualquer que fosse o ponto distante em que estavam e se encontraram com os meus. - Não ligo para o que as pessoas pensam, não ligo se preciso gritar mil vezes todos os dias que você é a pessoa que eu amo. 

- Ama? - Ela me pergunta, ignorando todo o resto, seus olhos viraram uma meia lua e seus lábios abriram um sorriso tão grande que fotografei esse momento com todos os meus neurônios possíveis. 

- Você nem imagina o quanto - Digo descendo minha mão de seu ombro para sua mão. - e talvez seja cedo para dizer isso, você não precisa me responder de volta, mas quero sempre que possível te dizer o quanto eu puder, eu te amo, eu te amo, eu te amo.  

- Sempre pensei que seria a primeira a dizer - Chaeyoung fala, levando sua mão que não está entrelaçada a minha até meu rosto, não estamos na melhor posição possível, mas quando ela traça um caminho carinhoso descendo até meu pescoço e se aproxima, essa é a última coisa que eu penso. - Eu também - ela sussurra. - Eu também te amo, Kim. 

Minutos depois com pausas para respirar e olhares sorridentes, meu telefone começa a tocar enquanto sinto as mãos de Chaeyoung saírem de meu cabelo. 

- Não preciso atender - digo quando Chaeyoung começa a se afastar. 

- Precisa sim, pode ser sua mãe. - ela diz, arfando, enquanto eu me aproximo novamente. 

- Eu juro que não é ela. - Digo e sinto um tampa leve em meu ombro e uma risada alta, e quando finalmente abro meus olhos, Chaeyoung está sorrindo como uma criança. - Você é tão linda. 

- Amor, o telefone. - ela diz e eu me desperto, amaldiçoando quem quer que seja do outro lado da linha. 

Quando vejo o telefone, não estou surpresa em ver o nome de Lisa e uma foto sua com Jennie na tela. 

- É a lisa, vou recusar e continuamos de onde paramos. - Digo e Chaeyoung balança a cabeça. 

- Atende ela, vou procurar uma pousada para passarmos a noite, querida. - Certo, obedeço a loira apenas porque pode ter acontecido alguma coisa com Lisa.

- Lisa? - chamo, escutando gritos do outro lado da linha. Era Jennie. 

- Onde está a Chaeyoung e porque ela não atende o caralho do telefone dela?! - Jennie diz, e a voz de lisa pedindo desculpas é quase inaudível. 

- Oi Jennie, ela está aqui do meu lado procurando uma pousada... - Digo, me sentindo culpada. - Nós... estávamos um pouco ocupadas e o telefone dela provavelmente estava no silencioso. - Escuto Chaeyoung rir. 

- Passa o telefone para ela. Agora. - Jennie diz, curta e direta, por um instante sinto pena de lisa.

Dou o telefone para Chaeyoung, que havia acabado de guardar o seu, e então vejo seus olhos encherem de água novamente.
O assunto entre ela e Jennie não demora muito, e quando noto Chaeyoung está me devolvendo o aparelho. 

- Aluguei um quarto para a gente em uma cidade aqui do lado - ela disse, como se tivéssemos algum meio de transporte para chegarmos lá. - Jennie disse que vai alugar um e que o pai dela leva a gente até lá.

- Por mim tudo bem - digo sorrindo. - Acho que nunca tive algo parecido com uma festa do pijama. - Comento me encostando no banco. 

- Não? - Chaeyoung pergunta surpresa. 

- Quer dizer, além das vezes que a Lisa dormiu lá em casa - respondo - Nunca com ninguém além da Lisa, não sei como é dividir a cama com quatro pessoas. 

- Amorzinho... - Chaeyoung diz, com um sorriso travesso. - Hoje, você vai dividir a cama apenas comigo.

E então, mais uma vez, minha pressão arterial caiu. 


Boa sorte Kim! [Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora