CAPÍTULO 10

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"VERIFIQUEI TUDO. ELE NÃO É O CHANTAGISTA, APESAR DE TER UMAS COISAS BEM ESTRANHAS NO CELULAR DELE."
15:37 P.M.

     Recebo a mensagem de Matteo assim que estou saindo do Campus, soltando um suspiro de alívio por estar dando o fora daqui, e ao mesmo tempo grunhindo de desgosto por ainda não termos encontrado nada que nos leve até o chantagista. Seria fácil demais se fosse a primeira pessoa que investigamos, né? Devemos ser uma piada para o ser místico que arquitetou o universo.

      Assim que coloco os pés na rua em frente ao campus, dou de cara com Matteo sentado/meio deitado em cima da sua motocicleta, encarando-me atentamente, apesar do capacete preto com listras vermelhas estar na sua cabeça com a viseira escura abaixada. Ele deve ter vindo me buscar logo após terminar de checar o conteúdo do celular de Richard, e como já havia dito, é rápido pra caralho fazendo isso.

     Sem dizer uma palavra, subo na sua garupa e passo os braços pelo seu dorso, sem ao menos me importar em colocar o outro capacete (embora se a polícia pegar a gente assim, pode dar problema).

     — Hey. Cê tá bem? — Ele murmura, encarando-me pelo retrovisor e apertando o pequeno botãozinho do capacete que faz a viseira subir. Ele não está com os óculos de grau, e isso deveria deixar um pouquinho preocupado, certo? Porque estou na sua garupa agora, mas não ligo para isso.

     — Tô sim. O plano deu certo. — Murmuro, enquanto ele confirma levemente com a cabeça e liga a moto, antes de começar a pilotar pela rua da mesma forma maluca que faz na outra noite, à uns 150 quilômetros por hora. A sensação do vento batendo no rosto e a dose de adrenalina me fazem saber exatamente o porque ele gosta de fazer isso.

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[SUSPEITOS DE MATTEO]
• AMÉLIA
• DEREK
• SABRINA
• MARK
• STUART
[SUSPEITOS DE SEAN]
• TREINADOR JESSER
• KYLAND
• CLARY
• RICHARD ❌
• DYLAN

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       Ele não me leva para o meu condomínio, como pensei que faria. Ao invés disso, ele estaciona em frente a sua casa, deixando a moto na calçada em frente a uma árvore alta, que vai fazer uma sombra e proteger o veículo do sol caso milagrosamente as nuvens chuvosas sumam do nada.

     Sigo Matteo para dentro da sua casa, jogando a minha mochila de qualquer jeito no chão assim que ele fecha a porta atrás de mim.

     Consigo sentir o olhar de Matteo no meu pescoço, onde provavelmente uma mancha arroxeada de chupão estar marcando a minha pele pálida. Eu vou até o seu sofá e sento nele, soltando um suspiro cansado.

     — V-vocês... Hum... Transaram? — Ele pergunta, me fazendo arregalar os olhos e quase engasgar com a minha própria saliva enquanto engulo em seco.

     — O-O QUE?! CLARO QUE NÃO!! — Exclamo, com uma vontade irracional de querer contar para ele que não transei com aquele infeliz cruzando o meu corpo, embora não saiba o porque. Eu não devo explicações para ele, certo? Solto um grunhido baixinho e agarro o meu próprio pescoço com uma das mãos, querendo que essa marca nojenta suma da minha pele o mais rápido possível.

     — Você não precisa fazer mais isso, Sean. — Ele murmura, com os olhos brilhando de preocupação.

     — Eu tô bem, sério. — Murmuro, sem saber como reagir à isso. Nunca tive ninguém preocupado comigo à não ser meu irmão.

      Matteo solta um grunhido indecifrável, antes de marchar em direção a cozinha, me deixando aqui estatelado no seu sofá sem entender nada. Ouço sons vindo de lá, enquanto ele mexe em algumas coisas.

      Estou prestes a levantar e ir lá ver o que ele está fazendo, quando Matteo surge de volta na sala, segurando uma compressa de gelo e uma colher, embora eu não faça ideia do que ele vá fazer com isso.

      — Chega pra lá. — o bocó ordena, me fazendo revirar os olhos, mas obedecer mesmo assim. Ele senta ao meu lado e agarra o meu pescoço com gentileza sem mais nem menos, antes de encostar a compressa de gelo na minha pele.

     — Ah! — Solto um gritinho de susto porque está gelado pra caramba, mas isso só serve pra fazer Matteo soltar uma risadinha engraçada e agarrar os meus braços com a mão livre para me impedir de tentar tirar o gelo da minha pele sensível.

     — Vai ajudar à sumir rapidinho. — Ele murmura, então eu assinto com a cabeça, resolvendo não discutir sobre isso. Tento ignorar a posição em que estamos (com suas mãos me segurando, enquanto as minhas penas estão uma de cada lado da sua cintura e minha bunda esteja contra a sua virilha), mas parece que o pau de Matteo não tem a mesma reação, porque um cutucão suspeito na minha bunda por uma coisa bastante dura me faz arfar de surpresa.

     — D-desculpa por isso. — Ele grunhe, corando absurdamente, o que o deixa um pouco fofo, na verdade.

      Matteo tenta levantar do sofá, mas eu envolvo a sua cintura com as minhas pernas automaticamente e o impeço de fazer isso.

     — Hey. Relaxa. — Murmuro, embora o meu coração esteja martelando sem parar dentro do meu peito, com uma vulnerabilidade estranha passando por mim.

      Matteo solta um suspiro, então continua massageando o meu pescoço com o gelo e o metal frio da colher, enquanto nós dois tentamos ignorar que ambos estamos um pouco excitados com a situação. O simples toque de Matteo é o suficiente para me deixar bem excitado, enquanto meus olhos observam as veias saltadas dos seus braços e o seu rosto bonito.

      É estranho querer que ele tivesse vestindo menos roupas? Acho que estou ficando meio louco, porque não estou conseguindo raciocinar direito.

      Estou tendo pensamento eróticos com esse cara?! MAS ELE NEM FAZ O MEU TIPO!!

     Depois de algum tempo, o gelo da compressa derrete totalmente, então Matteo retira as mãos de mim e senta meio sem jeito no sofá, um pouco mais afastado de mim. Eu pulo do sofá rapidamente, sentindo-me mais excitado do que nunca, enquanto meus lábios estão secos e meu coração continua dando um chilique estranho.

     — N-não posso transar com você de novo, Matteo. — Murmuro, olhando para ele, que continua com uma ereção no meio das pernas e não faz nenhuma menção de escondê-la. Eu também não estou fazendo nenhum movimento para esconder a minha.

     — Ah. — Ele solta, corando absurdamente com a minha facilidade de falar de sexo.

     — Pelo menos, não sei antes tomar um banho. Posso usar o seu banheiro? — pergunto meio sem jeito, observando-o arregalar os olhos com surpresa, mas assentir freneticamente com o rosto.

      — Claro! — Ele pula do sofá e indica para que eu o siga em direção às escadas, então eu começo a andar atrás dele.


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MEU NERD SECRETO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora