CAPÍTULO 13

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    Depois que Matteo me deixou em casa (andar de moto é bom pra caralho!!) A gente meio que passou o resto da noite conversando por mensagem, simplesmente por não termos nada mais o que fazer.

     Eu sou bem irritante quando quero, mas Matteo parece não se importar com isso, além de ser bem irritante também e devolver na mesma moeda as provocaçõezinhas. A gente também conversou sobre qual suspeito será investigado agora, e essa foi a parte mais chata da nossa conversa, pra falar a verdade.

      Quando fui dormir já eram quase 2:00 da manhã, e a minha bunda continuava latejando sem parar, ainda sentindo os efeitos colaterais que o pau daquele mané causou no meu buraco. Mas foi bom pra caralho, e eu não consigo parar de pensar nisso,

     Pra ser sincero não consigo descobrir o porquê de estar pensando tanto em Matteo. O sexo foi bom, mas eu já transei com inúmeros caras para saber que tudo não se resume apenas à isso. Como com Colton, por exemplo, o grandalhão me fodeu de uma forma maravilhosa e me fez ver estrelinhas de prazer também, mas mesmo assim não fico pensando nele à toa, embora a lembrança de que foi maravilhoso ainda permaneça aqui na minha mente.

     Então por que raios com Matteo é diferente?!

      Por fim, soltei um grunhido de desgosto e resolvi ir dormir para tentar me livrar desses pensamentos, embora tenha sonhado com olhos verde escuros, cachos macios e veias saltadas.

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     Já passava das 11:00 horas quando eu acordei, grunhindo e me enrolando nos cobertores fofinhos para tirar mais um cochilo, praticamente morrendo de preguiça. E como não tenho aula hoje, posso ficar de bobeira o dia inteirinho.

     Não gosto de dormir com pijama, então estou usando apenas uma Boxer folgada pra caralho (porque só a uso para dormir mesmo, e já tá bem velha) quando levanto da cama para ir até o banheiro, bocejando sem parar e me sentindo um tanto satisfeito. Talvez tenha relação com a noite anterior, mas decidi que depois de pensar sobre isso por horas, o mínimo que eu posso fazer agora é não repetir isso.

     Depois de Escovar os meus dentes e tomar um banho rápido, volto para o meu quarto com uma toalha enrolada na cintura. Visto uma roupa confortável sem muito pressa (o que consiste numa calça de moletom e uma camisa branca básica), e quando pego o meu celular novamente, percebo que o meu último cochilo durou quase uma hora, e que já são 12:18 da tarde. Puta merda!!!

     Há uma mensagem de Dean me chamando para ir comer lá no seu apartamento, mas como ele mandou isso horas atrás, provavelmente acha que eu não vou mais. Mas isso não me impede de dá uma passadinha rápida lá, certo? Até porque ele sempre, sempre, sempre tem comida na geladeira.

      Assim que saio do quarto, dou de cara com Gabriel e bato a cabeça no seu peitoral.

     — Ah! — Dou um gritinho de susto, quase tendo um ataque cardíaco, e isso arranca uma risadinha engraçada dele.

     — Foi mal, Sean. Só vim buscar umas coisas. — Gabriel explica, dando de ombros e enfiando as mãos nos bolsos do jeans preto e cheio de rasgados. Ele é um cara grande, tem uma dezena de piercings nas orelhas e um na sombrancelha. Seu cabelo absurdamente liso é tão preto que parece absorver luz, e as mechas da frente caem sobre os olhos. Como eu havia falado antes, um emo completo. Mas gosto dele, apesar de não sermos tão próximos assim.

      — Tudo bem, mané. Fica a vontade. — Dou um soquinho no seu ombro, antes de começar a andar em direção a porta.

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      Eu tenho a chave do apartamento do meu irmão, mas só à uso quando ele não está, até porque seria um pouco estranho entrar sem mais nem menos quando ele está em casa, e pegar Dean andando pelado pela casa ou coisas desse tipo com certeza não estão na lista de coisas que quero presenciar durante a minha vida.

       E mesmo que sejamos idênticos fisicamente, ele é ele, e eu sou eu. Então é estranho mesmo assim. É tipo uma regra nunca dita que temos entre nós. Como: 1) não andar pelado na frente um do outro. 2) dormir na mesma cama significa obrigatoriamente que ambos estejam vestidos. 3) trocar de lugar só é permitido se o outro ficar sabendo previamente disso.

       Agora, eu estou praticamente tentando derrubar a porta do seu apartamento, porque faz exatamente 10 segundos que eu comecei a bater e ele não apareceu ainda. Ouço o som de passos do outro lado, e só aí paro de socar a porta.

      — Oi, meu irmãozinho lindo! — Murmuro, claramente de bom humor depois da foda de ontem.

     — O-oi! — Dean responde, abrindo a porta para mim. Levanto uma das sobrancelhas ao perceber o quão vermelha está a sua pele pálida, e o quão inchados estão os seus lábios.

      Movo o meu olhar para o seu sofá e dou de cara com Hunter, o carinha por quem ele tem uma queda desde que nos mudamos para cá.

      — Ah. — Murmuro para mim mesmo, sem conseguir evitar o sorrisinho cínico que se forma na minha boca. Não preciso ser um gênio para saber o que estava acontecendo aqui, porque:

1) Dean tá vermelho como um tomate.

2) O cabelo tá mais assanhado do que tudo. E as roupas amassadas como se tivessem sido colocadas às pressas.

3) Hunter está sem camisa, mostrando um peitoral negro absurdamente musculoso (Deu sorte, irmãozinho, estou orgulhoso de você).

4) Ele está com uma almofada no colo, o que com certeza é apenas para esconder uma ereção gigantesca, enquanto ainda tenta me enganar fingindo que está assistindo teen Wolf na TV, e não praticamente quase fodendo o meu irmão poucos segundos atrás.

     — Só dei uma passadinha rápida, já que você tinha mandado mensagem. — Encaro Dean, que parece que vai desmaiar à qualquer momento.

     — Vamos, Sean. Entra logo. — Ele responde, apontando para o sofá e fechando a porta atrás de mim.

     — Obrigado irmãozinho, mas eu não vim ver você. Vim ver a comida. — Bagunço o seu cabelo e Faço-o revirar os olhos. Além disso, eu não vou alí sentar perto do macho dele, que ainda está tentando esconder o pau duro de mim.

      Quando Dean vai para a cozinha pegar o meu suborno para dar o fora daqui, Hunter olha para mim e abre um pequeno sorriso gentil, então eu aceno de volta, mesmo que minha vontade seja ir até lá e falar umas coisinhas pra ele. Porque se esse cara machucar o meu irmão, eu vou quebrar o espinhaço dele. Mas acho que não preciso falar nada, pelo menos por agora.

      Dá pra perceber no olhar desses dois bocós que eles estão apaixonadinhos um pelo outro. O que é fofinho, na verdade, mas tanta melosidade me deixa um pouquinho enjoado.

     Quando meu irmão volta com uma tigela de vidro repleta de bolo e doces, nego rapidamente quando ele tenta me convencer a sentar e "assistir" com eles.

      — Desculpa interromper a sua foda, irmãozinho. Mas eu realmente tava com fome. — Sussurro baixinho para ele, que parece completamente atônito, com os olhos acinzentados esbugalhados e corando ainda mais, mas não espero a sua resposta antes de sair pela porta novamente.

     Um sorriso bobo se forma nos meus lábios enquanto caminho de volta para o meu dormitório. Pelo visto, o meu bebê cresceu, e está mais feliz do que nunca.

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MEU NERD SECRETO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora