CAPÍTULO 06

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    Eu tenho uma chave do apartamento de Dean, e apesar de morarmos no mesmo prédio, tem quatro andares uma dúzia de corredores separando a gente, o que é uma merda, na verdade, porque parece quinhentos quilômetros.

      Ao contrário do meu, o seu apartamento é super organizado, apesar de ter menos móveis (acho que talvez eu tenha essa impressão porque além da cama, Gabriel trouxe uma dezena de coisas para o nosso apartamento também).

      O lugar está frio, mesmo com o ar-condicionado desligado. A luz natural do fim do dia entra pela janela de vidro da parede esquerda, tirando um pouco da claustrofobia do lugar.

      Eu fecho a porta e vou até a sua cozinha, que é de longe o cômodo mais organizado e com mais coisas de todo esse prédio. Dean tem umas quinhentas frigideiras e talheres diferentes, embora a diferença entre eles seja mínima.

      Se os utensílios são muitos assim, a quantidade de tempero e legumes é três vezes maior. Duas cestas trançadas estão em cima do balcão de mármore que divide a cozinha, e uma delas está repleta de frutas, enquanto a outra tem apenas legumes. Dean não é de comprar muita coisa iguais para não estragar, então há uns vinte tipos de legumes e frutas em cada cesta, como no máximo uns três exemplares de cara.

      Os temperos ficam em potinhos de vidro que parecem aqueles de geleia. A gente pediu o moço da mudança pra parafusar as tampas de metal na parte de baixo do armário, então os potes ficam meio que pendurados no estilo retrô.

       Quando abro a geladeira, arregalo os olhos ao perceber a quantidade de coisas que tem aqui. É como se um caminhão de mercadorias estivesse despejado uma carrada inteira aqui dentro.

      Tudo está cuidadosamente organizado, embora eu não saiba qual o critério de organização que ele usa, mas pelo visto as coisas verdes ficam embaixo, os derivados de leite e molhos ficam no meio, e as coisas já preparadas ficam nas duas prateleiras de cima.

      Meu olhar recai sobre o bolo de chocolate e pedacinhos de morango, e eu não penso duas vezes antes de tira-lo da geladeira na velocidade da luz. Uma vez perguntei pro Dean porque ele faz o bolo INTEIRO, já que só vai treinar, e ele me respondeu que as vezes não tem como diminuir a quantidade sem alterar o sabor.

      Não sabia que existiam tantas variáveis quando se trata de cozinhar. Dean sempre diz que errar nas quantidades, na temperatura do forno, no descanso da massa, no tempo de preparo, no tipo de tempero... Tudo isso pode interferir no final, e que na verdade pode até contribuir para realçar o sabor (meu irmão é o inimigo número um de comida industrializada).

       Eu ataco o bolo com uma colher, sem nem importar em colocar em outro prato ou algo assim. O sabor de outro mundo explode na minha boca assim que a quantidade absurda que eu enfiei na boca toca minha língua. A massa é molhada na medida certa, e os pedaços de morango dão um toque à mais.

      Continuo comendo até estar satisfeito, o que na verdade é quando eu já comi tanto que não sobrou muito do bolo pra contar história.

      Saio do apartamento do meu irmão depois de colocar o resto do bolo na geladeira e lavar a colher que usei, antes de coloca-la de volta na gaveta. mando uma mensagem pra Dean, agradecendo pela comida e um emoji de coraçãozinho, além uma certa provocação sobre o que ele deve estar fazendo uma hora dessas.

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      Comer no apartamento de Dean foi uma leve distração. Mas agora que já estou aqui no meu apartamento, é inevitável que toda aquela merda sobre o vídeo não venha à tona novamente.

      Simplesmente não sei o que fazer. E ficar pensando nessa porra o tempo todo e me deprimindo não vai ajudar em nada também.

      Olho às horas no meu celular e percebo que já são mais de 6:00 horas, e provavelmente já começou a escurecer lá fora. Isso é estranho, porque não eram nem 3:00 horas da tarde quando eu saí do campos. Devo ter ficado avoado e perdidos nos meus pensamentos por um bom tempo depois que cheguei aqui, perdendo a noção dos vários minutos que se passaram.

       Não posso ficar nessa pra sempre. Tenho que fazer minha vida voltar ao normal, ou pelo menos fingir que está tudo normal.

      Pego o meu celular e penso rapidamente para quem devo mandar mensagem, mas acabo por mandar para Colton pouco tempo depois. Só porque ele provavelmente está procurando a mesma coisa que eu: Diversão. Além de fazer totalmente o meu tipo.

       Não demora mais do que uns vinte minutos para eu ouvir batidas rápidas na minha porta, então vou até lá em passos ligeiros, antes de abri-la.

     — Hey. — Colton diz, com um pequeno sorriso no rosto. Ele veste um moletom de mangas curtas e com zíper na frente, além de um calção esportivo.

     — Oi. — Puxo-o para dentro pelo braço, praticamente sedento. Ele precisa abaixar a cabeça para não bater no batente, e assim que eu fecho a porta, o grandalhão me joga contra a parede, agarrando a minha cintura e me levantando até o seu colo.

       Enterro os dedos no seu cabelo castanho curto, envolvendo a sua cintura com as minhas pernas e puxando a sua boca até a minha, enquanto sinto a sua barba áspera e por fazer arranhar o meu rosto de uma forma bem gostosa. Os seus lábios macios forçam contra os meus, e eu gemo algo quando a sua língua vem de encontro à minha com tudo.

       Eu meio que estou perdido no seu peitoral gigantesco e quente, gemendo sem parar enquanto rebolo contra ele, sentindo o seu pau pressionado na minha bunda.

       Continuamos nos beijando com força, entrelaçando nossas línguas repetidas vezes, até que nos separamos em busca de ar.

      — Senta ali no sofá. — Ordeno, acariciando a sua nuca com as minhas mãos. Ele faz que sim Levemente com a cabeça, antes de me levar até lá, sentando comigo no seu colo.

       Eu puxo a cabeça um pouco para a frente e beijo os seus lábios novamente, chupando a sua língua molhadinha com força e revirando os olhos de tanto prazer. Nesse momento nenhuma preocupação ocupa a minha mente, e tudo em que estou focado é no grandalhão sob mim.

       Os olhos castanho claros de Colton estão brilhando, e ele parece estar um pouco tímido, apesar das suas mãos estarem agarrando a minha bunda com força, me fazendo rebolar contra a sua ereção, o que eu faço com todo gosto, arrancando grunhidos dele.

       Abro o zíper do seu moletom e observo o seu peitoral desnudo e lisinho. Ele não é um daqueles caras totalmente sheipados e com zero gordura. Colton tem músculos gigantes, mas é como se entre os músculos e a pele houvesse uma camada de tecido adiposo, tornando-o gigantesco (eu já falei que o cara parece ter uns duzentos quilos, certo?).

       Acaricio o seu peitoral enorme, que é gostoso de apertar. Os peitos dele são os maiores que já vi em um cara, e os mamilos rosados são fofos, me fazendo enterrar o rosto nessa imensidão de músculos e chupa-los com força.

       Caras grandes são totalmente o meu tipo (e eu não estou falando do tamanho do pau, porque isso é irrelevante), e esse aqui é fodidamente gostoso. Como a gente ficou só em boquetes até agora?!

       Sem conseguir me conter por mais tempo, saio de cima dele e começo a tirar a minha roupa por completo, sentindo o seu olhar sob mim durante cada segundo.

      Depois de me livrar de cada peça de roupa e ficar totalmente pelado, encaro o gigante sentado no meu sofá, que já liberou o pau do short esportivo e continua me encarando com aqueles olhos castanhos claros.

      — Vamos pro meu quarto. — murmuro com um sorriso safado, me inclinando sobre ele para acariciar o seu membro gostoso e beijar os seus lábios. Hoje quero ser a putinha de Colton e Fazer tudo que ele quiser.

       Observo o grandalhão levantar do sofá e me seguir em direção ao quarto, enquanto suas mãos vão para a minha cintura e ele mordisca a minha nuca, roçando o seu pau na minha bunda.

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MEU NERD SECRETO [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora