Harley Gang - Tokyo Revengers

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– O que?! – Ele gritou, me afastei rindo.

– Não parece mais tão confiante.

Vi que ele mordeu o interior da boca, então olhou para o chão, e por fim pra mim, sua visão suavizou e isso me causou uma sensação estranha.

– Se você perder eu peço o que quiser?

– Sim – Falei baixo – Mas eu não vou perder.

– Tudo bem – Ele acenou pro seu grupo e eu voltei pro meu lado do círculo.

– Se já terminaram casal... VAMOS COMEÇAR! – A juíza falou me tirando uma careta, assumi minha postura comum, uni minhas mãos nas costas e tirei todas as expressões do rosto.

Coloquei meus olhos no Sano, olhava cada mínimo movimento dele, ele se movimentava muito bem, mas ainda tinha brechas.

Ele veio na minha direção e notei que logo já começaria com um chute, me abaixei e sua perna passou por cima de mim, ele parou e vi um sorrisinho no seu rosto.

Ele veio e fez uma sequência de socos, eu desviava graciosamente, no seu último soco, ainda com as mãos pra trás, dei um chute em sua barriga, ele foi alguns metros pra trás.

Estava curvado, mas levantou e continuou, seus movimentos começaram a ser mais rápidos, me obrigando a tirar as mãos das costas pra poder me equilibrar.

Vi novamente a brecha que ele deixava quando ia dar um chute alto, isso era o que? Taekwondo? Quem luta isso hoje em dia?

Ele deu o chute e dessa vez eu segurei seu pé no alto, ele arregalou os olhos e eu puxei sua perna, ele caiu de costas no chão e eu subi por cima dele, prendi suas mãos acima da cabeça e lhe dei uma cabeçada, desorientado, Mikey se forçou a levantar enquanto ao redor as pessoas gritavam.

– Invencível uma ova... – Dei risada, mas senti um movimento nas minhas pernas.

Ele havia usado as próprias pernas, enrolou-as nas minhas e me girou, desgraçado, ele estava por cima e segurava meus braços agora.

Me debati, não deu certo, então fui levantar o joelho pra lhe dar um chute bem naquele lugar, ele soltou uma das mãos pra segurar minha perna, e com a minha mão solta lhe dei um soco, ele caiu pro lado e eu subi novamente.

Dei um soco em seu peito, fazendo ele ficar sem ar, mas a brincadeira não tinha acabado, estava muito fácil.

Me levantei e me afastei, fiquei agora em posição de luta, ele tossiu e se levantou.

Ouvi o som baixinho ao longe e desmanchei a posição, olhei ao redor, Dia também tinha notado, gritamos ao mesmo tempo.

– POLÍCIA!

Todos começaram a correr e se dispersar levando suas coisas, fugindo como formigas do formigueiro, não os julgava, estava fazendo igual.

Virei de costas analisando as Luas, seus casacos refletiam, era fácil identifica-las, elas corriam puxando os membros de suas unidades, senti um braço em meu pescoço.

– Eu acho que eu ganhei – Ouvi o sussurro do Sano as minhas costas, fiz força para levantar ele e joga-lo por cima de mim, mas ele enroscou uma perna na minha, me impedindo de fazer o único movimento capaz de me tirar daquele golpe – Aceite a derrota.

– Nunca seu idiota!

Comecei a dar cotoveladas nele, vi Dia parar logo a frente, ela queria intervir.

– Não se atreva! Sabe as regras! Não quero ter que punir você! – Briguei com ela, a mais nova mordeu a boca nervosa – Leva minha moto!

Ela assentiu e correu.