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Acordei no futon do quarto do Draken, estava com uma ressaca desgraçada.

O maior não estava no quarto e na janela o sol estava alto, ou seja, já era tarde.

Fui engatinhando até minha bolsa, já que não conseguia firmar os pés e peguei uma toalha e uma camiseta qualquer, fui até o banheiro e liguei o chuveiro.

Tomei um banho merecido, ainda estava tonta e eu sabia a única coisa que ia resolver isso.

Me vesti e me certifiquei de trancar a porta, me ajoelhei na frente do vaso, minha visão estava meio turva.

Enfiei um dedo no fundo da garganta pra vomitar, na primeira vez não consegui, na segunda, deu certo.

Vomitei, segurando nas bordas do vaso, ouvi batidas na porta.

– Hanako você tá bem? – Era Draken eu acho, não identifiquei já que estava colocando minhas tripas pra fora.

– Eu tô... – Vomitei de novo, ouvi mais batidas, quando terminei lavei as mãos, a boca e o rosto – Tô ótima!

Realmente já estava melhor, a melhor cura pra ressaca era vomitar, você tirava logo toda a coisa ruim do corpo.

Abri a porta e encontrei Draken, Mikey, Kazutora e Baji ali.

– Festa? – Brinquei, passei por eles e peguei uma bermuda masculina na minha mochila, voltei pro banheiro.

– Baji e Kazutora vieram ver como você tava – Ouvi Draken, terminei de vestir e saí.

– Como você não tá um caco? – Apontei Kazutora, este sorriu.

– Eu tô acostumado.

– Não importa quantas vezes coloque essa merda no meu corpo, eu nunca me acostumo, mas é bom não lembrar de nada.

Ouvi o silêncio que ficou e apertei os olhos notando o que havia falado, virei pra eles lentamente.

– Não vamos falar sobre isso.

– Você era drogada?

– Você me ouviu?

– Responde.

Grunhi.

Me joguei no futon de barriga pra baixo.

– Algumas vezes.

– Por que não disse nada ontem? – Kazutora perguntou com a voz baixa.

– Sei lá, eu queria usar, de propósito, pra esquecer como as coisas são uma merda pra mim – Suspirei – Acreditem se quiserem, me drogar é a melhor coisa que já me fizeram naqueles lugares.

– Tá mas...

– Podemos falar de outra coisa? – Pedi me tampando com o cobertor.

– Certo, você vai ver Izana hoje? – Baji perguntou.

– Creio que sim, queria falar diretamente com ele, não tô afim de aturar os Haitanis.

Meu celular tocou, peguei e atendi.

– Mochi mochi.

– O que você fez?

– Bom dia pra você também.

– Boa tarde você quis dizer.

– Eu dei um porre ontem, menos, por favor.

– Certo, o que aconteceu? Sua mãe tá furiosa, tá procurando você em todo canto.

– Eu fui lá com o Aaron, meu primo chegou, desceu a porrada nele, Aaron foi embora, eu entrei em pânico, agora sou uma fugitiva, fim da história – Contei.

Harley Gang - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora