Talvez eu tivesse me metido em apuros, Izana era um definitivo monstro, devo dizer, em todos os aspectos exceto no físico.
Eu só sai de lá as cinco da madrugada, cansada e dolorida.
Ele me ofereceu um local pra tomar banho, mas eu queria muito sair dali e dormir logo.
Voltei pro distrito da luz vermelha e entrei na casa de massagem, abri silenciosamente a porta do quarto, Draken não estava ali.
Tomei um banho e troquei de roupa, em vinte minutos já estava deitada no futon, e no minuto seguinte estava dormindo, ia deixar para os demônios me assombrarem só amanhã.
*****
Acordei com sussurros pelo quarto, meus olhos doíam então não os abri imediatamente.
– Eu não sei! Eu estava com você idiota – Ouvi a voz sussurrada de Draken.
– Será que acordamos ela pra saber? – Era Mitsuya, ele não estava sussurrando, sua voz já era baixa normalmente.
Que roupa eu havia colocado pra dormir? Espero que tenha sido algo decente pois ele estava ali e provavelmente olhando pra mim.
– Voltei – Ouvi o barulho da porta e a voz de Chifuyu, mas havia mais um par de pés – As meninas lá embaixo disseram que ela voltou por volta das cinco da manhã, uma delas estava terminando com um cliente e viu.
– Que diabos ela ficou fazendo até cinco da manhã?! – Era Baji agora.
– Você quer mesmo que eu te fale o que eu acho? – Draken falou, imaginei ele de braços cruzados e fazendo uma careta feia.
– Não devíamos esperar ela pra saber ao invés de tirar conclusões precipitadas? – Agradeci mentalmente Mitsuya pela fala.
– Ele está certo – Chifuyu murmurou, eu adorava esses dois.
– Vamos pegar um almoço então – Draken falou, ouvi um xingamento – Vem logo Mikey!
Ouvi os passos saindo e a porta fechando, suspirei baixo e comecei a me espreguiçar.
Abri com dificuldade meus olhos e esfreguei com as mãos, me sentei no futon e bocejei.
– Bom dia flor do dia.
Virei a cabeça para minha esquerda, merda achei que estava sozinha, mas ali estavam Mitsuya e Chifuyu no sofá de Draken.
– Bom dia – Murmurei baixo e tentei me levantar, minhas pernas tremeram e eu cai no futon de volta – Filho da puta.
Xinguei baixinho.
Por alguns segundos imaginei que os meninos olhavam pra mim com aquele olhar de nojo que eu já havia visto tantas vezes, eu odiava ser boa no que eu fazia.
Infelizmente eu era ótima em trocar meu corpo por acordos.
Não era algo que eu me orgulhasse.
Por algum motivo uma lágrima solitária desceu meu rosto, e quando levei as costas da mão para secá-la, senti uma dor no pulso.
Abri os olhos e vi o tom arroxeado em meu pulso e franzi o cenho, quilo devia ser dos ricochetes da arma, eu não estava realmente acostumada a usar uma.
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Harley Gang - Tokyo Revengers
Hayran KurguA vida de Hanako nunca foi fácil, mas agora está pra piorar. Após alguns meses sem ver seu primo, ela convence sua mãe a deixá-la ir morar com ele e sua tia, mas é aí que as coisas começam a desandar. Hanako odeia pessoas num geral, tudo que mais...