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– Entendo – Ele soltou meu rosto – Qual seu plano?

– Só preciso me esconder até dar um jeito de derrubar ela, tenho certeza que ela acha que eu não iria tão longe, mas aqui estou eu, pedindo sua ajuda – Falei com um bolo na garganta, eu não queria me humilhar pra ele.

Um pequeno sorriso surgiu no canto de sua boca.

– Na minha gangue as coisas são diferentes, eu exijo o máximo de respeito.

– Não será um problema – Falei.

Ele colocou as mãos nos bolsos e me olhou de cima a baixo.

– Ajoelha.

Arregalei os olhos minimamente.

– O quê?

Ele deixou a cabeça pender para o lado.

– Está na Tenjiku agora, eu sou seu Rei, então, se ajoelhe – Eu podia ver a sombra de um sorriso em seus lábios enquanto meu corpo lutava contra a ordem de me ajoelhar.

Eu me arrependeria tanto por aquilo um dia.

Meus joelhos começaram a se dobrar, até que um tocou o chão, abaixei a cabeça e engoli em seco antes de abrir a boca.

– Estou a seu dispor – Levantei o olhar para ele – Meu Rei.

Agora seu sorriso era notável.

– Vou adorar me divertir com você.

*****

Izana dispensou minha presença, disse que ficaria a cargo dos Haitanis me avisar sobre reuniões e tudo mais.

Desci o prédio e quando já estava pra subir na moto, fui prensada contra uma parede.

Bati de leve a cabeça e fechei os olhos com a dor, abri novamente quando senti uma mão em meu pescoço.

Rindou estava a minha frente, com uma expressão que exalava maliciosidade.

– Agora que está na Tenjiku, queremos nosso pagamento – Ele apertou meu pescoço e eu contive um som confuso que tentava sair da minha boca.

– Achei que não fosse mais querer isso, agora que eu vou fingir ser um garoto.

– Acha que ligamos pro seu corte de cabelo? – Ran tinha uma expressão entediada, estava de braços cruzados encostado na outra parede do beco – Só queremos o que tem por baixo querida.

– Eu sei o que querem, só não entendo vocês – Tentei empurrar Rindou e ele foi na direção da minha boca, eu o afastei – Cara qual o problema de vocês?! Como sequer conseguem ou querem me beijar sabendo de tudo que eu era obrigada a fazer?

– Eu não estou ligando pra isso – O mais novo apertou mais forte – Eu quero você, e você é minha, está marcada como minha, e eu faço o que quiser com as minhas coisas.

– E também deixa os outros fazerem o que quiserem né?! – O empurrei mais forte me soltando – Quanto tempo você dá pro Kurokawa me mandar transar com ele? – Perguntei sarcástica e retórica.

– Deixe que ele te tenha, quem sabe você não vira a Rainha Tenjiku? – Ran se desencostou da parede, ambos ficaram na minha frente.

– Eu tô cansada da moeda de troca ser o meu corpo tá legal? Vocês não tem noção de como isso é – Tentei sair por um lado mas fui impedida por Rindou.

Harley Gang - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora