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Como uma pessoa tão pequena pode caber tanto machismo?! Garoto idiota, queria mais era ter quebrado ele na porrada.

Mas obviamente eu não faria isso, meu treinador sempre me ensinou a nunca usar minhas habilidades fora de um ringue, a menos que seja muito necessário.

Baji subiu na moto e subi logo atrás de cara fechada.

Voltamos pra casa sem falar, eu tomei um banho e dormi sem jantar.

No dia seguinte meu despertador tocou cedo, tomei um banho e coloquei uma calça leagging, um tope e um tênis, prendi meu cabelo e desci.

Fiz meu café da manhã, dois ovos mexidos, um copo de iogurte com granola e uma banana.

Sai depois da comida baixar, fui pra academia que eu já tinha pago o plano online e entrei, era bem bonita e inovadora, fui pra esteira e ajustei a corrida.

Corri 45 minutos, ia correr mais, mas me senti observada, sai de lá toda suada, tomei um banho no vestiário e notei as funcionárias da recepção de olho em mim, era normal, a academia estava no cartão que minha mãe me deu, então ela obviamente pagou todos para cuidarem os meus passos.

Fui embora.

As 7 horas comecei a me arrumar pro colégio, o uniforme consistia em uma saia de pregas, uma camiseta social e uma gravata, com meias até os joelhos e sapatos pretos.

Vesti a roupa e desci pra cozinha.

– Bom dia Hanako – Minha tia cumprimentou.

– Bom dia – Devolvi, peguei uma maçã na fruteira e já fui indo embora – Até mais tarde.

– Não vai tomar café? – Ela perguntou.

– Já tomei mais cedo – Sorri – Meus horários são diferentes.

– Entendi – Ela sorriu – Até mais tarde então.

Acenei e fui saindo.

Olhei o endereço no meu celular, não era longe, então fui andando.

Cheguei lá em uns 10 minutos, a escola era simples, melhor assim, entrei e fui para a diretoria.

– Bom dia, sou a aluna nova Yukimura Hanako.

– Bom dia – A senhora sorriu breve – Vou te dar seu horário, e chamar alguém pra te mostrar a escola.

– Tudo bem, meu primo estuda aqui, vou pedir pra ele me mostrar – Descartei.

– Quem seria o seu primo? – Ela perguntou confusa – Não temos ninguém aqui com um nome tão importante como o seu.

Por isso ela estava sendo gentil.

Obviamente ela sabia quem eu era, ou melhor, quem meu pai era.

Yukimura Hiroshi.

Um renomado empresário que trabalha no ramo de hospitais, com alguns dos hospitais mais completos e inovadores da década.

E também um homem maravilhoso que doava a maior parte do seu dinheiro para caridade e demais instituições.

Se eu sou boa como eu sou, é devido a influência do meu pai, por que se depender da minha mãe, eu seria tão ruim quanto ela.

As vezes acho que sou punida nessa vida por algo, pois ninguém merecia o que eu passava com a minha mãe.

Não tenho muito contato com meu pai, ele não tem minha guarda, apesar de tudo o amo muito, e só podemos nos ver algumas poucas vezes ao longo dos meses, eu sempre tinha que fingir que estava tudo bem, minha mãe já o havia ameaçado mais de uma vez.

Harley Gang - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora