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Fui saltitando da porta até minha moto, só eu mesma sabia o quanto amava aquela moto, abri um enorme sorriso e soltei um gritinho de felicidade.

– Que saudade! – Murmurei, ficar sem minha motinho era como tirar uma parte de mim, mas era necessário na maioria das vezes, suspirei ainda sorrindo, vi que os meninos já estavam em suas motos – Me sigam, e não se afastem de mim quando chegarmos lá.

Eles assentiram e eu liguei a moto, acelerei pelas ruas na direção de roppongi, uma área mais afastada, uma pista circular de terra batida de talvez um quilômetro de comprimento.

No momento, carros específicos faziam drift na pista, arrancando gritos das pessoas, música alta tocava nos carros ao redor, o lugar que antes deveria ser escuro e sinistro, agora estava colorido com luzes néon de diversos carros, além dos faróis e das luzes da pista.

Desci da moto ao lado do meu carro, um Plymouth Hemi Cuda 70.

Se a minha moto eu amava, aquele carro eu endeusava.

Ele era apenas preto, no capô, o símbolo das Harley brilhava em prata, as laterais tinham duas faixas brancas estreitas, na parte de dentro apenas havia os bancos da frente e os ferros para proteger a parte de dentro, o carro não tinha nada além da carcaça, motor, rodas e os bancos, tudo pra que ficasse mais leve e corresse mais rápido.

Tanto arrancadas, quanto rachas ou drifts, o carro era ideal pra todos, só precisava ser adequado a cada tipo de corrida, já que não tinha tanque de combustível, mas sim apenas a mangueira conectada a um galão que era colocado na hora apenas com a quantidade exata de combustível para a corrida, isso tudo para economizar no peso do carro.

Mas claro que as vezes o carro ficava mais pesado quando fazíamos rachas mais longos e acabávamos adicionando alguns cilindros de nitrometano.

Quando notei que os meninos pararam perto de mim, tirei o capacete, sorri e fiz barulho com a moto, chamando atenção dos arredores, os sons dos carros foram abaixados assim como a musica, pulei da moto ao notar as atenções em mim e subi no capô do meu carro de braços cruzados, logo vi a porta bandeira a minha frente com um sorriso enorme.

– Agora sim vamos dar início a Proibidas! – Ela gritou e os demais comemoraram, vi uniformes de umas seis gangues diferentes até agora – Deem as boas vindas pra Comandante da Noite!

As pessoas gritaram, fizeram barulhos com carros e motos, fiz uma reverência para o público.

A euforia causada naquele lugar era sem igual, o caos e a loucura que aquelas pessoas emanavam me excitava, eu era definitivamente uma amante de adrenalina.

Abri os braços e sorri abertamente.

– Vamos começar pessoal! – Gritei, as pessoas concordaram aos gritos – Comecem o primeiro racha! A Harley tá na área porra!

Mais gritos e mais som de carros acelerando, escapamentos estourando, fumaça pra todo lado e o cheiro de nitrometano e gasolina misturados.

Podia ouvir que a maioria dos carros manteve a música baixa, mas o carro de uma das garotas aumentou e eu sorri ao ouvir a música que tocava.


Rapidamente soltei um assobio e mais umas meninas se juntaram ao redor do meu carro, permaneci no capô, todas sabiam o que aquilo queria dizer.

Quando chegou no refrão da música, todas dançamos juntas, elas ao redor do carro e eu em ainda lá em cima.

(N/A: Não consegui colocar a coreografia aqui, então ela será postada no nosso grupo no whats, quem ainda não estiver lá e quiser entrar é só me chamar ou clicar no link do meu perfil!)

Harley Gang - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora