Capítulo Um

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Acordo com Sawan pulando na cama.

Passo a mão no rosto e observo ao redor depois de abrir meus olhos devagar, me recordando que não estou mais onde morei nos últimos anos e sim num quarto de uma pousada luxuosa.

- Wan? - Chamo, para que ele pare de pular. - Chega de pular, sim?

- Fominha, papa! - Ele fala e em seguida faz um bico do tamanho do mundo.

Acabo rindo pela caretinha fofa que ele faz toda vez que está emburrado com alguma coisa. Percebendo que havia dormido bastante e que ele provavelmente já estava acordado a alguns minutos me levanto da cama de forma rápida, contudo sinto uma leve tontura, que faz minha vista escurecer me fazendo voltar a sentar na cama novamente.

Merda.

Sawan, achando que me sentei para carregá-lo nas costas, como sempre faço quando estamos brincando, acaba agarrando meu pescoço por trás.

- Cavalinho! -Ele grita, animado. - Vai cavalinho!

Rindo, eu me viro e o coloco no chão.

- Agora não, Wan. - Digo e ele aumenta o bico.

Procuro o resto dos pães e das frutas que guardei na sacola dentro da mala ontem e dou para que ele coma, Sawan não se sustenta mais só com leite, mas mesmo assim ele toma de vez enquanto, então depois que ele comeu o pão dou a garrafinha em sua mão, essa em que ele bebe metade do leite que trouxe ali.

Depois de arrumar a cama e a deixa da mesma forma que encontrei, nós descemos para a recepção onde encontro várias pessoas sentadas nas mesas tomando café da manhã.

Meu estômago ronca.

- Aqui, é tudo que tenho. - Minto, entregando uma pequena quantia para a mulher da noite anterior, preciso economizar ao máximo.

Ela ergue uma sobrancelha, mas não diz nada.

No entanto, quando estou prestes a sair, ela volta a me chamar.

- Se conseguir algo sem a ajuda da Madame Bovary, lembre-se de mim. - Enrugo a testa, sem entender o seu pedido, mas antes que consiga perguntar, um hóspede jovem, no caso, se aproxima do balcão e sussurra algo a ela que assentiu de cabeça baixa, em seguida, ele sumiu pelo corredor ao qual sai e ela vai atrás.

Dizem que algumas pessoas têm sorte, outras já nascem com azar, mas algumas não tem escolha a não ser fazer de tudo para sobreviver. A vida é dura demais, principalmente para mulheres independente da raça ou cor. Por mais que ainda lutamos pelos nossos direitos, ainda de alguma forma, não somos tratados com respeito e dignidade.

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