Morgan Graham e Taylor Hughes jamais teriam seus caminhos cruzados se ela não estivesse se mudando para Boston - disposta a criar uma relação com seu pai, a quem ela nunca conheceu pessoalmente. O que ela não esperava, era que Taylor fosse o capitão...
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Minha volta para casa foi muito mais tranquila do que eu imaginava. Depois de deixar os meninos eu precisei correr um pouco para me manter à distância, eu realmente não quero chamar muita atenção, mas isso pode parecer impossível, já que as primeiras pessoas com quem fiz amizade são as estrelas do time da BC.
Eu imagino o quanto o destino gosta de mim para pregar essas peças comigo. Não é possível que meu maior desejo não se torne realidade só porque fiz amigos. E além de tudo, eu menti. Precisei mentir para que eles não soubessem quem eu sou. Isso não está bom, preciso contar a eles minha real identidade, e se acontecer como nos filmes? Eles vão ficar ressentidos comigo por não confiar o bastante neles e revelar quem eu sou de verdade.
Mas, por que eu estou fazendo tanta tempestade em um copo de água?
Ah é, eu não gosto de ser o centro das atenções. Dia difícil pra mim então.
Passo pela porta da frente e ouço o som do chuveiro vindo do corredor, provavelmente meu pai está no banho, então aproveito e vou direto para o meu quarto. Minhas coisas ainda estão um pouco bagunçadas, não tirei quase nada de dentro das malas, e meus livros de anatomia estão olhando para mim como se estivessem me julgando. Eu não vou estudar hoje. Sinto muito que os livros de anatomia pareçam querer atenção, mas eu já sofri demais nas mãos da minha mãe em relação aos estudos. Vou começar o ano bem, não preciso me matar para isso.
Assim eu espero.
Enquanto aguardo meu pai terminar seu banho, começo a desfazer minhas malas e arrumar tudo no guarda roupas, organizo minha escrivaninha com meu notebook e luminária. Está quase tudo pronto quando ouço uma batida na porta.
-Querida, você tem visita! - Anuncia meu pai.
Deixo de lado a gaveta de calcinhas que eu estava prestes a dar minha atenção, e vou para a sala de estar. E lá, esparramado no sofá maior, com as mãos atrás da cabeça e a pele pálida cheia de tatuagens que ele mesmo - provavelmente - fez, está Denver Van Keppel. Meu primo.
-Oi bambi! - Ele brinca.
-Só eu posso chamar ela assim! - Resmunga meu pai.
-E o velho Jason galinha protetora ataca! - Brinca Denver.
Vou em sua direção e sento ao seu lado, nos abraçamos por alguns minutos.
-Senti sua falta - ele murmura contra meus cabelos.
-Eu também senti a sua, desde que você saiu de Chicago…
-Não vamos falar sobre Chicago agora, temos tempo para isso depois - Me corta.
Me escoro no sofá enquanto presto atenção nele. Eu realmente senti muita falta de Denver, principalmente nesses últimos meses que se passaram, foi difícil, mas finalmente cheguei até aqui.
-Agora, você já conheceu o campus?
-Ainda não, corri um pouco hoje pela cidade, sabe, só pra conhecer mesmo, mas não tive tempo de ir visitar o campus. - Dou de ombros - O máximo que eu vi foram as fotos que papai mandou por e-mail.
