Flashback da noite passada
- Você é viciadona em suco de laranja, não é? - Emmy perguntou, enquanto via Jenne tomar o suco de caixinha.
- E você é viciada em bala de menta, não é? - Jenne se referiu a bala verde que Emmy chupava.
- Sou - Emmy deu de ombros.
- Sabe como fiquei viciada em suco de laranja? - Jenne voltou ao assunto, fazendo questão que Emmy, em sã consciência, soubesse.
- Como?
- Fiquei viciada por sua culpa, que foi me servir naquele dia que fui na sua casa. Antes disso, eu não gostava - Jenne riu.
- Sério? - Emmy pareceu surpresa.
- Juro - Jenne disse.
- Por que você mentiu?
- Para conquistar minha namorada, claro - Jenne disse, se inclinando para deixar um beijo na bochecha de Emmy, mas no meio do caminho o suco virou, molhando toda sua roupa.
- Aaaaa, eu não acredito - Jenne disse, levantando - eu já estava prontinha para dormir.
- É só tomar um banho rapidinho - Emmy respondeu.
- Você tem razão, já volto - Jenne disse, entrando no banheiro, encostando a porta. Passaram-se exatamente dez segundos até Jenne estranhar a falta de brincadeirinhas da parte da outra - não vai pedir para tomar banho comigo?
- E você vai deixar? - Emmy foi animada até a porta.
- E se eu deixar?
- Então, eu vou.
- Então, venha - Jenne chamou, sem saber de onde tinha surgido a súbita coragem. Já estava apenas de calcinha e top no banheiro quando Emmy entrou.
- Wow - Emmy deixou-se admirar quando viu a namorada seminua - você é ainda mais bonita do que no meu sonho.
- Você sonhou comigo seminua? - Jenne gargalhou.
- Você sonhou comigo seminua? - Emmy repetiu, ruborizando.
- Eu sonhei, sonhei muito - foi Jenne quem respondeu, fazendo Emmy sorrir.
- Vou tirar minha roupa também - Emmy disse, tirando a camisa, sem nenhum pudor - assim eu fico igual a você, acho que é assim que funciona.
Jenne assistiu com agrado enquanto a outra se despia, ficando apenas com as peças íntimas.
- Você também é mais bonita do que nos meus sonhos.
- Huh... obrigada.
- Eu acho que quero beijar você - Jenne disse.
- E eu acho que eu quero que você me beije - Emmy respondeu.
Jenne se aproximou, selando seus lábios com os de Emmy, acabando com a distância entre elas. O contato entre as peles uma da outra fazia os corpos das garotas superaquecerem, tornando o desejo quase insaciável.
O toque quente da mão de Jenne na cintura de Emmy, fez a garota soltar um suspiro sôfrego.
- Amor - Emmy gemeu, não entendendo muito bem o que era aquela explosão de sensações em seu corpo - eu estou com muito calor.
- Tudo bem - Jenne deixou mais um beijo na boca de Emmy - vamos tomar banho.
A contragosto, as duas se separaram e rumaram para o chuveiro. Jenne se sentia queimar, enquanto Emmy se sentia confusa por experienciar tanta coisa nova ao mesmo tempo.
- Você está bem? - Jenne perguntou, para Emmy, que entrou no chuveiro.
- Nunca senti algo assim antes, parecia que eu iria fazer xixi a qualquer momento - foi sincera, fazendo Jenne sorrir.
- Essa sensação é normal, amor - Jenne explicou, pensando nas palavras para usar - você sabe o que é estar excitada?
- Excitada, que se encontra agitada, exaltada, ou que sofreu estímulo, animada.
- Bem... - Jenne começou, passando o sabonete pelo corpo - é mais ou menos isso. Existe também a excitação sexual, que é quando a pessoa sofre estímulo e está animada, mas de uma forma sexual. A pessoa sente prazer e umas sensações no corpo, como o calor e a vontade de fazer xixi que você sentiu.
- É uma antecipação à atividade sexual? - Emmy perguntou, simplesmente.
- Bem... sim, mas isso não significa que a gente tenha que...
- E se a gente quiser? - Emmy interrompeu - a gente quis tomar banho juntas hoje, não foi?
- Foi.
- Você não pensa em mim dessa forma? - perguntou.
- Eu penso, claro que eu penso. Poxa vida, era o que eu mais queria, mas... - Jenne deixou a sentença morrer.
- Mas o que?
- Tenho tanto medo de você não estar preparada, de eu estar acelerando as coisas e me arrepender depois.
- Como você estaria acelerando as coisas se sou eu quem estou sugerindo? - Emmy respondeu, com clareza. Ela tinha um ponto.
- Você tem razão - Jenne tirou o sabão do corpo - se nós duas queremos, qual o problema?
- Yay! - Emmy comemorou - nós vamos fazer...
Jenne cobriu a boca de Emmy com a mão, gargalhando baixinho.
- Eu vou te soltar agora - Jenne avisou, ainda rindo - mas nada de comemorações.
- É um evento a se celebrar - Emmy disse, quando Jenne tirou a mão de sua boca.
- É sim - Jenne saiu do chuveiro - venha - Emmy a acompanhou e Jenne pegou uma toalha e passou ao redor de seu corpo, fazendo o mesmo consigo mesma.
Ambas saíram de toalha do banheiro e foram em direção ao quarto, trocando as peças íntimas molhadas por outras secas.
- Venha, aqui está quentinho - Emmy chamou, deitando-se na cama. Jenne não se demorou, logo foi em direção à garota, se debruçando em cima dela.
- Eu não sei o que fazer, eu só sinto que quero - Emmy admitiu.
- Você quer saber de uma? Eu também não sei bem o que fazer, mas quero muito beijar você.
- Então, eu peço que você me beije.
Jenne beijou quase que com idolatria os lábios da outra, sentindo o gostinho de pastilha de menta se espalhar por sua boca. Hora ou outra, Emmy deixava um gemido ansioso escapar, causando ainda mais volúpia em Jenne.
- Posso tirar seu top? - Jenne perguntou, encarando os ingênuos olhos azuis. Emmy apenas assentiu, concedendo permissão.
Jenne ajudou Emmy a tirar o top por cima da cabeça, observando com veneração a pele branca e macia.
- Você é muito linda - beijou a mandíbula de Emmy, parando apenas para tirar o próprio top.
- Você é muito linda - Emmy repetiu, não ecolalicamente, admirando a pele pálida.
Jenne voltou a beijar a mandíbula de Emmy, fazendo contato pele com pele, o que causou um arrepio mútuo.
Desconsiderando a falta de experiência, continuaram a explorar uma à outra, sentindo a explosão de sensações que adivinha de amar e ser amada na mesma medida.
Seus corpos se encaixavam perfeitamente, num ritmo perfeito. E, ao tocar Emmy, Jenne sentiu como se possuísse em suas mãos o ser mais inocente, implorando para ser amada por ela.
- Eu te amo tanto - Jenne confessou em meio ao ato.
Emmy se sentiu amada, cuidada, se sentia em segurança como em nenhum outro lugar.
E, apesar de no dicionário o ato não ter uma definição nenhum pouco pura, sentiam em seu âmago que estavam fazendo juntas uma das coisas mais imaculadas que poderia existir.
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Colors
RomansaJenne e Emmy estudam num internato para garotas. Jenne é apaixonada pelo mundo de Emmy, enquanto Emmy vive em seu próprio mundo. Enquanto Emmy passa as manhãs desenhando no refeitório, Jenne a assiste como se fosse o último filme que fosse ver em su...