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- Acho que é um dos meus melhores almoços, mas você decide

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- Acho que é um dos meus melhores almoços, mas você decide. -terminei de arrumar a lancheira da Maya que comia seu cereal.

- Mãe! Não bagunça meu cabelo! -Protestou quando tentei fazer um carinho em sua cabeça. Adolescente é um bichinho difícil!

- Achei que dava sorte. -questionei fechando a lancheira.

- Isso foi há muito tempo atrás. -revirou os olhos.

- Acho que foi há um mês atrás. -dei de ombros caminhando até minha pasta do trabalho. - Isso não é ótimo? Indo para a mesma escola juntas.

- Ótimo. -bufou.

- E, May, você não vai me ver muito, mas se precisar me ver...

- Não vou. -Colocou a mochila nas costas pegando a lancheira.

- Gostei a independência. Boa. Ah, e sabe a aluna que vai ficar com você? A Mindy? Ela faz parte do meu clube de matemática, mas não quero pressionar você a participar.

- Não vou participar. -Nossa que filha mais direta essa a minha.

- Difícil de agradar. -cantarolei pegando minhas pasta. - Vamos?

***

Eu e May estávamos caminhando de mãos dadas, sempre gostei dessa relação de mãe e filha. Ou pelo menos gostava quando ela ainda era uma criança pequena. Depois que entrou nessa fase adolescente, ela mudou muito comigo.

- Mãe... -paramos de caminhar e ela largou minha mão. - Posso atravessar a rua sozinha? A escola é bem alí.

- Claro. Eu ia perguntar a mesma coisa. Se eu podia entrar sozinha pra fazer bonito, sabe, pra gente não pagar mico. -Brinquei não recebendo uma risada.

Adolescentes.

Ela caminhou um pouco mais rápido e atravessou a rua sem olhar para trás.

- Eu te amo! -gritei um pouco alto, mas ela escutou.

Esperei uns minutos e entrei na escola. Eu não era uma professora qualquer, era professora de matemática de um grupo apenas de matemática.

Realmente eu amo matemática!
Quando entrei na sala de aula meus alunos me esperavam enquanto conversavam entre si. Depois que me apresentei e os conheci, comecei a dar minha aula.

***

- Vocês podem ser bons em futebol, podem ser bons na corrida, mas quando o assunto é matemática, é melhor ficar ligado! -me escorei sobre a frente da minha mesa.

- π-thons da Coolidge atacam! -todos falaram juntos fazendo barulhos de cobras.

- Isso! Qual é o nosso número? -perguntei dando a volta na mesa e me sentando na cadeira.

- Três um quatro um cinco nove dois. -Fomos interrompidos pelo sinal da aula.

- Seis cinco oito três nove... -Bryce um dos mais dedicados continuou falando.

- Bryce, já entendemos. -o interrompi. - Muito bem, lembrem-se, se focar na pergunta, a resposta vem até você! Ótimo trabalho, adorei a energia. Se formos assim para as finais da maratemática, vamos vencer de lavada. -Os alunos começam a se levantar com seus materiais recolhidos. - Mindy, tem um segundo? -a parei na porta e ela assentiu caminhando até a frente da minha mesa.

- O que deseja?

- A May, ela está bem?

- Acho que sim. -deu de ombros.

- Ela é ótima em matemática, então não ficaria surpresa se ela pedisse para entrar para nos π-thons. Porque na última escola, ela chegou nas finais.

- Mesmo? Ela nunca falou disso.

- É essa a questão. Ela é muito tímida.

- De forma alguma. A May me contou sobre as férias que passou com o pai dela e uma mulher chamada... Chloe.

- Chloe a nova esposa do meu ex? O que a May falou dela? -indaguei rápido. - Não importa. Esqueçe. Eu não quero saber. -Mindy fez menção que iria sair.
- Pensando bem eu quero saber, vamos lá, conte-me.

- Ela disse que ela é legal, divertida, que tudo que ela queria fazer a Chloe deixava.

- Legal.

- É... Ahm... Posso ir, senhorita Sinclair?

- Claro. Vai lá, obrigada, Mindy. -dispensei a garota.

***

- Na escada espionando sua filha, jura Enid? -Yoko Takana, a orientadora da escola me olhava indignada.

- Não estou espionando. Estou olhando ela de longe. -desviei meu olhar de Maya para fitar Yoko que bebia uma xícara de café.

Em pleno recreio dos alunos eu e ela ficamos em pé na escada enquanto eu olhava May conversando com Mindy e outra garoto.

- Foi difícil para ela na outra escola, ok? Só quero saber se ela está bem.

- Então pensou em juntar ela com os descolados? -debochou.

- Yoko eu acho que você deveria dar o melhor exemplo de orientadora pedagoga e dizer que isso foi o certo a fazer.

- Estou dando meu exemplo, olhe o meu visual e a minha vibe. -apontou para a própria roupa e revirei os olhos. - De quem é o celular que tá tocando Marry Me? -Olhamos para trás e vimos Eugene vindo em nossa direção.

- É o meu! -fez uma dancinha enquanto a música tocava.

- O que é Marry Me? -perguntei perdida.

- Nova música da Wednesday e Xavier Thorpe. -respondeu sério.

- Nova música de todo mundo!

- Não a minha. -ironizei.

- Todo mundo ama. As pessoas estão doidas com a música.

- Vão postar muitos entrando na igreja, os casamentos só vão tocar essa belezura. -Otinger falou animado.

- Quer morrer de inveja? -Takana olhou para Eugene.

- SIM!

- Vou levar minha namorada e a amiga dela nesse show barra concerto. -Otinger ficou boquiaberto.

- Mentira!

- Morra de inveja ao meus pés! Quando chegar a hora do casamento, minha namorada vai olhar nos meus olhos e dirá...

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Casa comigo - Wednesday & EnidOnde histórias criam vida. Descubra agora