Cap 05

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É uma noite quente de verão, e está perfeita, o céu está estrelado, o som das ondas batendo contras as pedras e a brisa que vem do mar tem efeito calmante em mim, sinto que nada pode estragar esse momento.

— Tenho que achar um jeito das pessoas pararem de me tirar de perto de você.

Me assusto quando escuto a voz do Joseph mais perto do que eu esperava.

— Posso me sentar com você? -aceno com a cabeça.

Ele também tem uma cerveja em mãos e assim que se senta seus olhos vão direto para o mar, o acompanho com o olhar, sem dizer nada, eu realmente me sinto nervosa quando estou perto dele, não sei exatamente o que fazer agora, mas antes que eu pudesse abrir a boca e provavelmente sair alguma besteira de dentro ele fala.

— Eles estão se organizando para ir para uma balada, quer ir?

— E trocar tudo isso aqui por um lugar lotado de gente e música alta? Não obrigado. -ele abre um sorriso. — E você vai?

— Nah, eu já estou onde eu queria estar.

— No meio da praia bebendo cerveja com uma estranha?

— Estranha não, segundo Mayleen já somos melhores amigos.

Nossa risada é curta, em seguida caímos em um silêncio confortável, tomo um gole da cerveja tentando afastar os pensamentos intrusos na minha mente.

— Então Sam…

— Sabia que eu não gosto muito que me chamem de Sam? Prefiro Sammy -o interrompo.

— E por que não gosta?

A verdade é que o Phil sempre me chamou de Sam e eu nunca gostei, ele sempre usava desse apelido com uma certa frieza, ele sempre foi muito rígido e quando me chamava assim era apenas para conseguir algo que queria ou pretendia fazer algo estúpido e desde então passei a odiar todas às vezes que alguém me chamasse de Sam, e Joseph parece ter prazer em me ver revirar os olhos todas às vezes em que ele me chama assim, e sinceramente estou começando a gostar do jeito que soa quando ele diz…

— Nunca gostei, só isso.

— Arran, entendi. -ele faz uma pausa enquanto me olha. — Como eu ia dizendo Sam -diz dando ênfase ao meu nome me fazendo revirar os olhos rindo.
—Por que a May te colocou naquele quarto sozinha?

— Segundo ela não tinha mais quartos nos outros andares, mas algo me diz que ela tava planejando alguma coisa com isso. -Joe ri —E eu tava até feliz de ter um andar inteiro só para mim.

— Só para você? Ninguém para dividir o quarto? -ele levanta uma de suas sobrancelhas sugestivamente me olhando.

— Se esse é seu jeito de perguntar se tenho namorado Joseph, não, acabei de terminar um noivado, e eu quero passar longe de relacionamentos agora

— Noiva? Por quanto tempo?

— 3 longos anos

— E posso perguntar o que aconteceu?

— Nada

— Então qual era o problema dele para vocês terminarem?

— Nenhum, ele era perfeito.

Consigo perceber a confusão em seu rosto, ele se senta de frente para mim colocando as duas pernas em cima do sofá.

— Ok, agora você conseguiu confundir minha cabeça, se nada aconteceu e não tinha nada de errado com ele, o que fez você terminar então.

Repetindo o seu movimento, me viro para ele e coloco minhas pernas em cima do sofá.

— Ele era perfeito, provavelmente para minha mãe, mas não para mim, éramos muito diferentes em algumas coisas, só isso. -ele me olha atentamente acenando com a cabeça. — Tínhamos ideias diferentes, incluindo o nosso casamento, ele queria uma festa grande e eu queria usar o dinheiro para viajar e conhecer alguns lugares. Enfim, peguei tudo o que tinha e minha melhor amiga e sai da minha cidade, querendo ficar longe daquele lugar.

Jogada do destino.   -  Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora