Cap 08

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Após mais algumas bebidas eu resolvo subir pro meu quarto, tomo um banho longo na tentativa de fazer com que o efeito da bebida passasse... em vão. Me jogo na cama, mas não consigo pegar no sono, as palavras do Jamie ficaram rodando na minha cabeça criando várias perguntas as quais eu tento achar resposta, mas sempre em vão, não consigo imaginar o que o Joseph falou de mim para ele, não consigo imaginar do porquê ele falaria de mim para ele. Talvez eu preciso parar de tomar decisões estupidas quando eu bebo, nesse momento eu estou olhando para o teto tentando me convencer de que ir ate o quarto dele no estado que eu estou não é uma boa ideia, mas no minuto seguinte eu estou batendo na porta de frente a minha, vestindo apenas uma camiseta larga e um short curto. Bato algumas vezes e sem respostas, um sentimento estupido imediatamente me invade, qual é, eu nunca fui de tomar decisões por impulso, sempre fui de pensar muito bem nos riscos que eu vou correr, mas a Samantha bêbada não, ela só faz besteiras das quais eu sei que eu vou me arrepender no dia seguinte. Me arrependendo de ter vindo até aqui, me viro para ir para meu quarto com a voz da minha mente me xingando.

— Samantha? 

A voz atrás de mim me faz congelar, não consigo ter a reação que qualquer pessoa normal teria, afinal eu vim até a porta dele e bati, e agora estou congelada de costa em silêncio como uma idiota.

— Ta tudo bem? Já tá tarde!

Me viro com o sorriso mais forçado que eu poderia dar nesse momento.

— Eu sei, desculpa, é que eu tava sem fazer nada lá no quarto, aí pensei, porque não ir conversar um pouco com o Joseph?! -minha voz sai embolada, deixando bem claro que eu não deveria estar aqui.

— Você tá bêbada?

— Não… -Joe olha com uma sobrancelha arqueada. — Tá, talvez eu tenha bebido um pouco, mas isso não muda o fato de que eu só queria saber como você está.

Joseph sorri com diversão ao me ver nesse estado, da última vez ele tentou me beijar e mais uma vez eu fugi como se não houvesse amanhã, agora estou aqui me jogando na cova do leão. Ele se inclina no batente da porta cruzando os braços

— Eu tô bem, Sam.

— A, ótimo, legal -digo sem jeito mudando o peso de uma perna para a outra.

Ele percebe meu desconforto, descruza os braços e sinaliza me dando passagem para dentro de seu quarto. Lutando contra todos os meus instintos que gritam comigo desde o momento em que levantei da cama, entro em seu quarto, o quarto é bem parecido com o meu, arrumado, e o cheiro de seu perfume está em toda parte, me perco por um momento olhando todos os detalhes, como se eu pudesse descobrir algo sobre a vida dele aqui nesse quarto. Joseph passa por mim e se senta em uma poltrona no canto de frente a janela.

— E então? O que devo a honra da sua presença aqui?

— Nada, só quis sair daquele quarto um pouco.

— E resolveu vir para outro quarto idêntico ao seu? 

Revirou meus olhos, ele consegue ser irritante quando quer e isso pode ser a maioria das vezes.

— Você é chato, sabia? -ele ri.
— Você fica me chamando de Sam quando eu já disse que não gosto.

— Mas eu gosto de como seu nome soa.

Maldito sabe como me calar me deixando sem graça.

— Por que você não desceu hoje? Estava todo mundo lá embaixo, muitas mulheres bonitas esperando por você.

— Você tava esperando por mim também? -reviro meus olhos em resposta. — Eu recebi parte de um roteiro de um filme que vou fazer, fiquei estudando ele um pouco.

Jogada do destino.   -  Joseph QuinnOnde histórias criam vida. Descubra agora