Após cerca de 3 anos da derrota do Breu, os guardiões se encontram em perfeita harmonia. Mas nem tudo são flores e um novo problema surgi, fazendo com que um espírito outonal se transforme no novo guardião.
Seu cerne? O amadurecimento.
*AVISO* = EST...
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Pov. Rory
No dia seguinte, arrumar as malas não foi o problema, o problema mesmo foi o surto de um certo alguém um tanto pavio curto.
- Por que você tem que ir com aquele canguru azul!? Eu posso muito bem te ensinar a ser uma guardiã!!! Ainda tem que ir pra toca daquele desgraçado. Por que você...
- Jack Frost! Cale a boca!!!
Visivelmente ele não estava feliz com a notícia da minha ida para a Toca, a moradia do Pucka irritante.
Lembro de ontem a noite, quando dei a informação e ele ficou vermelho. Não sei se de ódio ou de frustração, pois isso significava que ele não era um guardião tão bom para me treinar e essa descoberta desanima qualquer um.
- Mas por quê?
E novamente ele perguntava, desde ontem. Por que eu teria que ir? Ou melhor dizendo. Por que ele não era suficiente para me tornar uma guardiã?
Soltei um suspiro por ter que responder aquela mesma pergunta novamente. Parando de arrumar a minha capa sobre os ombros enquanto me via no grande espelho do banheiro, que estava com a porta aberta para me comunicar com Jack corretamente, me virei em sua direção e vi o mesmo com o corpo encostado no batente da porta. Seus olhos azulados entristecidos, um bico formado em seus lábios finos, o cenho franzido e as bochechas ainda ruborizadas.
- Porque ele é um ser de extrema inteligência e tem milhões de anos, resumindo, é o ser mais experiente para me treinar. Mesmo sendo extremamente insuportável.
Respondi calmamente, dando passos até Jack e apertando os seus ombros como sinal de apoio a sua ira repentina.
- Você acabou de chegar...
Murmurou ele com a voz levemente embargada, abaixando a cabeça e deixando alguns fios caírem por seus olhos expressivos.
- Não fique assim...
Mandei suavemente, passando meus dedos pelos seus cabelos e o puxando para um abraço.
Jack rapidamente me cercou fortemente com os seus braços, enfiando o rosto no meu pescoço. Retribui da mesma forma, cercando o seu pescoço com os meus braços e enterrando meu nariz em seus fios brancos com cheiro amadeirado de gotas de orvalho congelado.
- Eu acabei de te ter de volta e já vão te tirar de mim.
Disse ele ainda entristecido. Sua voz perto o suficiente do meu ouvido me causou arrepios, mas minha consciência me puxou para o fato dele está triste.
