10 - Primavera na floresta

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Pov

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Pov. Rory

Acordei com a sensação de ter dormido durante semanas em uma nuvem de plumas, além de ter tido um sonho maravilhoso. Porém, eu não me lembro dos detalhes, o que particularmente me frustou bastante. Odeio quando sonho com algo bom e não me lembro depois!

Levantei da cama sentindo a brisa fresca invadindo o quarto pela janela, que passou a noite aberta. Um arrepio correu pelo corpo, eu estava quente e o vento parcialmente frio me deu um leve choque térmico. Saí de baixo dos lençóis e caminhei lentamente até as minhas roupas, pegando uma muda que tinha separado no dia anterior. Desde que comecei os treinos oficialmente, separava uma roupa diferente para cada dia da semana, hoje era sexta-feira e era dia de usar algo mais... Vivo.


Saí do quarto cautelosamente, conferindo se Coelhão estava por perto ou não. Não queria ter que esbarrar no Pucka com a cara toda amassada, os cabelos todos embolados e um hálito de onça, seria humilhante demais e prefiro evitar essa situação. Olhei prós lados e fui quase correndo para o banheiro no final do corredor, abrindo e fechando a porta com um baque mudo.

O banheiro era o mais primaveril possível. Chão de grama verde, parede de tábuas marrons, um teto de pedra coberta por musgos verde-claro, o espelho redondo com uma pia de porcelana branca logo em frente ao vaso de mesmo material, uma fina cortina esbranquiçada dividia a área do chuveiro do restante do banheiro. Não era somente o chuveiro que tinha ali, tinha também uma banheira grande o suficiente para caber 2 pessoas, tamanho grande o suficiente para caber Coelhoberto dentro, e logo acima havia uma janela circular que dava vistas para o céu azul.

Retirei a roupa que usei para dormir e comecei a escovar os dentes, logo depois de desfazer a "trança de dormir" comecei a pentear os cabelos enquanto admirava o meu corpo nu em frente ao espelho. Sempre me achei magra e agora olhando o meu reflexo poderia confirmar isso. Qualquer uma se sentiria insegura por se achar "magra demais", mas eu simplesmente me apaixonava cada vez mais por cada centímetro.

Minhas pernas e braços eram finos, perfeito pra voar. Meus seios eram medianos, assim não sentiria dor nas costas pelo peso excessivo. Minha bunda era pequena, mas e daí? Era empinada, quer mais do que isso? Meu corpo também não era uma ampulheta, estava mais para um triângulo invertido por conta dos ombros um pouco mais largos, outra coisa que eu amava, assim teria mais mobilidade para arremessar rajadas de vento. Eu era simplesmente perfeita para os meus próprios olhos.

Finalizei a escovação dos meus fios, os deixando soltos em cachos cheios, e abracei o meu próprio corpo enquanto dava giros curtos em direção ao chuveiro. De alguma forma eu amanheci de bom humor, talvez fosse coisa do sonho que não me lembrava ou a sensação de que o dia seria maravilhosamente esplêndido! Não sei dizer ao certo, mas o pressentimento era inexplicavelmente ótimo.

Outonal | BunnymundOnde histórias criam vida. Descubra agora