13 - Borboletas de Verão

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Rory tinha dormido com a barriga cheia, tendo que acordar na mesma noite para ir no banheiro. Péssima ideia, pois ela viu o estrago que estava evitando ver no próprio rosto. Acima das pálpebras estavam finos arranhões avermelhados, com um maior ganhando destaque, onde o sangue estava coagulado em uma bolinha seca e ranhosa. Rory soltou um grunhido, lavando o rosto com a mesma água fria de antes. Soltando um suspiro cansado, o espírito outonal saiu do banheiro e seguiu silenciosamente para fora do quarto, indo em direção ao grande salão do globo terrestre.

Pov. Rory

Voei até o grande salão, onde mesmo de longe já era visível o brilho das diversas luzinhas douradas que circulavam aquela grande bola verde com azul.

Pela primeira vez vi aquele lugar vazio, sem nenhuma alma viva a espreita com os seus olhos curiosos. Talvez seja porque está no meio da madrugada ou o dia ainda estava bem longe de amanhecer, não sei ao certo, mas que estava vazio, estava.

Me sentei no chão de frente para o grande globo, cruzando as pernas em posição borboleta e me apoiando para trás com os braços esticados. Meu pescoço pendeu preguiçosamente para o lado e passei a analisar o globo de um ângulo completamente torto. Instintivamente comecei a contar quantos pontinhos existiam em cada continente. Primeiro vamos começar pelos Estados Unidos, que são 1... 2... 3...

- Não consegue dormir?

Aquela voz, aquela bendita voz vinda dos quintos dos infernos...

Ignorando completamente a presença de Breu, continuou contando os pontinhos. 8... 9... 10...

- Vai me ignorar mesmo?

Escutei passos, indicando que o Bicho-Papão se aproximava sorrateiramente. No seu processo de caminhada, respirei fundo enquanto revirava os olhos e voltava a minha contagem. 15... 16... 17...

- Rory?

Breu cautelosamente se sentou ao meu lado, ficando na mesma posição de como eu estava, mas sua mão acidentalmente, ou propositalmente, esbarrou na minha. Ato que me obrigou a olha-lo depois de longos minutos o ignorando e contando os pontinhos até o número 40.

- Oi?

Perguntei, observando detalhadamente o rosto machucado de Breu. Olho inchado, nariz torto, um arranhão na bochecha e uma ferida no canto da boca. Meu peito se apertou de culpa. Eu realmente não deveria ter feito o que fiz, era isso o que aquele aperto dizia.

- Como você está?

Encarei Breu confusa com a sua pergunta, franzido o cenho e arqueando uma sombrancelha enquanto me fixava em seus olhos dourados. Como eu estava? Nem mesmo eu sabia!

Outonal | BunnymundOnde histórias criam vida. Descubra agora