𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒎𝒆 𝒅𝒆𝒊𝒙𝒂 𝒏𝒆𝒓𝒗𝒐𝒔𝒂

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Maximilian

A noite passou rápida, não foi fria, mas sim calorosa, Axion não me deixou sair da cama, muito menos das cobertas.
Agora, está me dando o café, mesmo eu dizendo que consigo comer sozinha.

- Eu não sou uma criança... - Bocejei.

- Não, é minha mulher - Beijou minha testa.

Ele me sentou no colo dele, está abraçando minha cintura e me dando uvas, não me deixa tocar nem na xícara de café.
Não posso reclamar, já que ele não liga, então aceitei e continuei comendo, suspirei cansada, ainda sentindo sono e cansaço, meu corpo está dolorido e inchado, meus seios estão mais volumosos, mas talvez voltem ao normal depois que eu parar de sangrar.
Axion me ajeitou no colo dele, me entregou a xícara de café e esperou eu beber pacientemente.

- Está do seu agrado? - Concordei, bebendo o café inteiro - Bom, muito bom.

- Tudo está gostoso - Colocou uma uva na minha boca - E eu gostei do café - Colocou outra, me deixando de boca cheia.

- Então continue comendo.

- Desse jeito eu vou engasgar - Falei com dificuldade.

Ele me olhou e riu, riu mais ainda quando fiquei com um bico de confusão.

- Dessa forma você parece um ratinho guardando comida.

- Eu pareço um rato?

- Não, parece uma deusa.

- Um rato ou uma deusa? - Engoli as uvas depois de mastigar.

- Uma deusa sempre e um rato de boca cheia.

- Eu não pareço um rato com a boca cheia.

- Não parece um rato. Agora coma - Me deu uma torrada com geleia.

- Quer me e engordar?

- Quero que coma bem.

- Está me engordando.

- Apenas te alimentando - Beijou minha bochecha, fechei um dos olhos.

Axion cuida de mim como ninguém antes, é estranho, mas eu gosto, me fazer sentir bem.
Ele ficou assim pela manhã inteira, só então me deixou levantar para tomar um banho.

- Está se sentindo bem? - Concordei com a cabeça - Sem dores?

- Sem dores.

- Tá bom então, bom banho - Ganhei um beijo na testa, e na bochecha.

Levantei do colo dele já tirando o vestido, a banheira já estava cheia, a água está morna, a melhor temperatura para um banho.
Deixei o vestido cair no chão junto com as outras peças de roupa, entrei na banheira rapidamente. Suspirei relaxada e deixei a calda a mostra, pelo menos assim eu não mancho a água de vermelho. Molhei minha cabeça e aproveitei para pentear meu cabelo. Os fios ruivos ficam boiando e colando no meu corpo, o vermelho sempre parece mais vivo quando estou entro d'água, eu gosto disso, é bonito.
Meu cabelo sempre foi um problema, já cheguei a pensar em cortar ele, mas nunca tive coragem, tenho medo de fazer isso. As pessoas - aquelas que me querem bem - parecem gostar dele grande, então vou manter ele assim.

- Precisa de algo? - O capitão colocou as mãos nos meus ombros.

- Estou bem assim.

- Posso pedir algo para você comer.

- Frutas?

- É o que você quer? - Concordei.

Ele assentiu e foi atrás disso.
Sorri, pensando nas coisas que ele está fazendo, está cuidando de mim como se fosse algo importante, uma princesa ou rainha, não me deixa desconfortável, com dor ou fome, até perguntou quanto tempo posso ficar no sol diariamente, ele realmente me trata bem, melhor do que imaginei.

Song of the Seven SeasOnde histórias criam vida. Descubra agora