Song of the Seven Seas

𝑼𝒎 𝒏𝒐𝒗𝒐 𝒓𝒊𝒗𝒂𝒍

Axion

A noite foi perfeita, consegui dormir milagrosamente, bom, dormir não, cochilar, Maximilian quem dormiu como uma pedra.
Agora estou tentando acordá-la.

- Maximilian, querida - Beijei o rosto dela - Eu trouxe o café.

- Não quero...

- Tem um pão de chocolate.

Abriu um dos olhos, tentando ver se realmente tinha um pão de chocolate.
Não segurei o riso.

- Sente-se para comer - Ajudei ela, está se espreguiçando.

- Por que me acordou cedo?

- Já são quase dez da manhã.

- É cedo!

- Não é não - Coloquei a bandeja no colo dela.

- Eu acho cedo.

- Não é cedo.

Ela suspirou e concordou, comendo, sorriu quando viu o pão de chocolate.

- Isso aí é bom mesmo?

- Muito bom! Experimenta! - Colocou um pedaço na frente da minha boca.

Fiz uma careta disfarçada e provei. Não gostei muito, é doce demais.

- O que achou?

- É bom... - Engoli a força.

- Sei... - Ela riu fraco.

Voltou a comer.

- Prefiro deixar para você.

- Obrigada de qualquer forma.

Sorriu e continuou comendo, fiquei com ela até que acabasse, a ajudei até no banho.

- Axion, já pode me por no chão! - Disse rindo - Eu preciso arrumar meu cabelo!

- Posso ajudar com isso também.

- Me ponha no chão então!

- Eu não estou com vontade - Beijei o rosto dela, ouvir ela rir é incrível.

- Axion, eu estou falando sério!

- Eu também estou.

Nós dois ficamos quietos quando um marujo entrou, desesperado.

- Senhor, tem um navio se aproximando!

- Da marinha?

- Não senhor! Um navio pirata! Tem mais canhões que nós, senhor!

Soltei Maximilian no chão, só percebi o que fiz quando a ouvi resmungar.

- Isso doeu!

- Desculpe, me desculpe - Eu precisei sair rapidamente.

O marujo me entregou o monóculo, observei na direção que o navio vinha, ele está aproveitando o vento do dia, as velas estão abertas e os marujos andando pelo convés, o capitão está no leme, a bandeira é claramente pirata, mas uma que eu nunca vi antes, nem mesmo ouvi falar.

- Preparem o navio, fiquem em defesa - Suspirei, Jason parou ao meu lado.

- E então?

- Não faço ideia de quem seja.

- Nenhuma ideia? - Neguei.

- Nunca vi esse navio antes.

- E se for alguém perigoso?

- Matamos.

- Não sabem quem é? - Minha sereia parou do meu lado, emburrada.

- Não.