𝑺𝒆𝒎 𝒄𝒆𝒓𝒊𝒎𝒐̂𝒏𝒊𝒂𝒔

469 35 19
                                    

Maximilian

Mesmo que eu tenha dito que Mariano ou Luigi me chamariam, não adiantou, Axion arrumou um jeito de ficar comigo. E o jeito foi brigando com todos na cozinha.

- Não é para chamar Maximilian, em hipótese alguma - Ele está parado na porta da cozinha, com as mãos nas cinturas.

- Mas vamos precisar de alguém para cuidar das batatas.

- Peça para outra pessoa.

- Mas senhor-

- Outra pessoa vai fazer esse trabalho.

- Certo - Luigi concordou a contra gosto.

- Ótimo - Sorriu fracamente.

Axion me pegou e colocou no ombro, andando para a cabine. Eu já me acostumei, acho divertido e engraçado.

- Mais rápido! - Disse rindo.

- A senhora quem manda - Ele riu e começou a correr.

Mas, parece que nem todos gostam, pude ver Filippo olhar para nós, o rosto ficou mais sério, murmurou algo, acredito que amaldiçoando nós dois, ou apenas eu. Ou talvez nenhum dos dois, posso estar enganada sobre isso.

- Agora temos tempo - Axion disse me colocando no chão, quando entramos na cabine - Tempo o suficiente para me mostrar tudo o que a Maxi tarada sabe.

- Eu já disse que não vou fazer isso!

- Mas você já fez. E foi ótimo.

- Foi? De verdade?

- De verdade - Ele segurou meu rosto - E quero muito ver novamente...

Está beijando meu rosto, aproximou o corpo do meu, não deixa que eu me afaste.

- Axion, ainda está de dia, tem muita gente lá fora.

- E o que isso interfere em nós?

- Podem escutar tudo! - Nos olhamos.

- Vão entender que é minha.

- Mas já sabem disso, não precisam que reforce.

- Tem pessoas que não sabem.

- Oh céus, não seja assim.

- A noite faria ainda mais barulho.

- Está dizendo que sou escandalosa?

- Não, estou dizendo que eles estão distraídos.

- Bom... Agora pare de me chamar de tarada!

- Mas eu quero ver você tarada.

- Eu só quero descansar, e você também.

- Eu também nada!

- Vamos descansar, juntos, nós dois - Abracei ele.

- Não quero descansar.

- Quer sim - Beijei o canto da boca dele - Quer muito descansar.

- Quem disse isso?

- Você - As mãos dele estão deslizando para a minha cintura - Me disse que está muito cansado, exausto.

Ele riu fracamente, negando com a cabeça, antes que falasse, comecei a cantar baixo.

- Sabe que isso é golpe baixo... - Suspirou, está tentando ignorar o canto.

Continuei a cantarolar, sentindo as mãos grandes andando meu corpo todo, parece que nem o canto impede isso.
Me assustei quando me agarrou, me suspendendo no ar. Caminhou até a cama, me deitando nela, depois disso, caiu em cima de mim, sinto o peso ser distribuído por todo o meu corpo.

Song of the Seven SeasOnde histórias criam vida. Descubra agora