13- Álcool e lençóis

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Como vão meus queridos fantasminhas leitores? Depois de muitos meses, finalmente trouxe uma nova atualização. Me perdoem pela a espera longa e agradeço muito se você permaneceu aqui, esperando por essa volta.

Sem muitos prolongamentos , desejo a vocês uma boa leitura e vários beijinhos sabor cereja!

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Ao longo da vida, depois de um tempo, nós paramos de nos importar com as coisas que nos falam. Para nosso próprio bem. Mesmo chorando por aquilo em um momento, a gente ignora. Ou ao menos tenta.

Eu tenho um irmão aparentemente. Um irmão mais velho. Nove anos. A notícia que o detetive Kim me passou e pediu segredo. Não posso ao menos encurralar meu pai sobre isso, mas não é fácil ignorar o fato que nesses anos ele já era casado com a minha mãe. O quão sujo Jung-ho é para trair ela e ainda esconder um filho.

Nossa família nunca foi muito estruturada, parte de mim já suspeitava de algum deles terem algum caso, mas a parte ingênua foi mais forte. A parte que apesar de tudo, achava que eles poderiam ao menos se respeitarem. Mas nunca houve respeito naquela casa. Não da parte deles.

Depois de um tempo nós aprendemos que não precisamos digerir tudo que nos é falado. Precisamos apenas suportar. Nós engolimos as palavras e jogamos para debaixo do tapete e fingimos que nada machuca. Que nada rasga por dentro a nossa carne viva.

Já se passou um dia desde de quando eu descobri isso. Minha cabeça quer descanso, quer sumir com todos os problemas. Esquecer. Não consegui prestar atenção na faculdade desde da segunda. Conversei com Jimin, entramos em um acordo de não comentar nada sobre com Jungkook e nem com o Yoongi.

Taehyung eu conheço ele. Jimin e ele moram no mesmo bairro e sei que foram grandes amigos por um tempo. Já nos encontramos várias vezes quando eu ia pra casa do Minnie. Acho que eles até tiveram um caso por um tempinho, mas não deu certo porque aquela relação era muito mais fraternal. Apesar disso, eu e Taehyung não éramos próximos. Só tínhamos a amizade do Jimin em comum, e eu realmente acredito no Minnie. Se ele diz que não é o Taehyung, eu vou ajudá-lo a provar isso. Mas se ele realmente for...

Estamos nós dois no carro nesse exato momento, em direção à igreja. Está um silêncio, algo que não é muito normal entre a gente. Mas nós dois estamos preocupados demais. Aéreos demais.

Ao chegarmos no encontro terapêutico Jungkook se aproximou animado do meu melhor amigo, dando um selinho no mesmo que apenas sorri. Jimin não está bem, Jungkook vai perceber isso em breve.

Olho rapidamente para o outro loiro que já está sentado, encarando a mesma mulher de sempre: a do urso. Não sei o que ela tanto atrai para o loiro, já que este ao menos nota quando eu me sento ao seu lado. Não sei como falar com ele, eu me sinto sem graça por saber demais e ser inútil também.

Quando ele finalmente percebe minha presença, nos limitamos em apenas sorrir um pro outro. Ele parece tímido como sempre e eu tento parecer animado como sempre.

Eu não estou, não mesmo. Minha maior diversão disso aqui, era olhar o loiro. Admirá-lo e tentar o desvendar. Hoje eu mal consigo o encarar. Esconder todo esse role dele não me agrada, o que é engraçado pois não quero o preocupar. Mas ele deveria saber que já tem suspeitos, e que meu pai é um deles.

Meu estomago embrulha, me sinto enjoado. Yoongi está atento aos relatos que não nota meu desespero. Meu nervoso de ficar perto do mesmo. De desapontá-lo, se ele descobrir que meu pai está envolvido, ele mudaria comigo. Eu teria medo de mim então porque ele não teria. Por deus Jimin! Como ele ficaria, sabendo que Jimin estava lá!

Marcas de Cereja 🍒 SopeOnde histórias criam vida. Descubra agora