Día siete - Parte I

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Messi foi o primeiro a acordar, mas não fazia ideia de que horas eram. Sua cabeça doía um pouco, mas não tanto quanto imaginou que doeria, descobriu que não era tão fraco para bebidas como pensou que fosse. Ele abriu os olhos e rapidamente se arrependeu, por alguma razão a luz do quarto estava acesa. Mas que quarto? Messi não lembrava de ter voltado para a casa com Neymar durante a noite. Ele definitivamente não tinha voltado. Messi abriu seus olhos com mais força agora, completamente imóvel pelo terror que sentiu, aquela cama não era a sua, também não era a de Neymar, aquele quarto ele também não conhecia, e aquele cheiro de velas aromáticas não era das que Neymar comprou para ele.

As lembranças da noite passada vieram como uma pancada em sua cabeça.

La puta madre!

Uma tosse ecoou perto da cama, então Messi temeu pelo seu fim.

— Sem xingamentos às mães alheias, Messi — a voz de Verratti soou séria, e quando Messi o encarou, viu que seu semblante também estava terrivelmente sério, o que não era o seu normal. Ele estava de braços cruzados e parecia muito, muito assustado. — Nós precisamos falar sobre... isso.

Messi não entendeu inicialmente o pavor em seu rosto, até que sua cabeça foi trabalhando aos poucos e o fez perceber que Neymar estava dormindo ao seu lado, e também lhe abraçava com braços e pernas em cima de seu corpo. Messi inspirou fundo, era tarde para entrar em pânico, ele teria que resolver aquilo com muita calma. Ele expirou devagar e assentiu, então começou a dar tapinhas no braço de Neymar para acordá-lo.

— Ney! Vamos, acorde, você não está na sua casa — disse Messi. Neymar resmungava um pouco, parecia se recusar a abrir os olhos. — Acho melhor você acordar, o dono da casa está exigindo explicações. — Aquele foi o gatilho necessário para fazer Neymar se afastar de Messi imediatamente, mas sua cabeça doeu pelo forte movimento. Ele reclamou de dor e voltou a deitar.

— Deixei remédio e água pra vocês aí do lado — disse Verratti. Ainda de braços cruzados, ele apoiou um joelho na cama, estava na ponta e os encarava quase sem piscar. — São onze horas da manhã, comecem a falar.

O problema não era falar, mas por onde começar. Messi não sabia ao que Verratti estava se referindo, se era sobre o tudo dessa relação, ou especificamente sobre a noite passada. O rosto dele avermelhou um pouco, ele estava bastante envergonhado, perdeu completamente o controle de si ao se misturar com álcool, e as lembranças dos amassos que trocou com Neymar no banheiro, agora lhe atormentavam. Mas somente porque Messi era realmente muito tímido, pois não estava nem um pouco arrependido.

Se fosse parar para refletir, Messi não queria mesmo que a sua primeira vez com Neymar fosse dessa maneira, bêbados e dentro de um banheiro estranho, mas ele não poderia negar que o momento foi bom. Ele sabia que sua pele deveria estar muito marcada pela força que Neymar chupava e mordia seu pescoço, e aquilo não lhe trazia nada além de satisfação. Messi pertencia ao brasileiro agora, seu corpo lhe pertencia, e aquelas marcas nada mais eram do que a prova disso, uma assinatura. Messi geralmente conseguia controlar suas reações lá embaixo, mas Neymar conseguiu deixá-lo duro em segundos, e quando o tocou, seu alívio foi tão grande, que o seu gemido só não ecoou no salão porque a música estava muito alta. Mas Messi estava dominado pelo álcool, portanto ele não pensava, apenas agia. Quando saltou da pia e partiu para cima de Neymar, Messi queria devorá-lo, e provavelmente lhe deixou marcas piores por seu pescoço, peito e abdômen, se não mais. Ele também era possessivo, também sabia deixar assinaturas.

Mas Messi nunca pôde terminar de fazer o que tanto ansiava, e ele queria tanto ter feito Neymar se derreter sobre ele, porém Verratti bateu na porta. Os atos seguintes foram de tanto desespero que mal conseguia lembrar com nitidez, ele só lembrava de ter se erguido rápido, encarou Neymar com pavor, mas Neymar queria rir, e logo riu alto, pois estava muito bêbado e muito nervoso. Messi pegou a camisa que estava na pia, e Neymar se jogou sobre ele antes de abrirem a porta, precisavam esconder de alguma forma a situação crítica que ocorria abaixo dos seus quadris. Verratti os encarou com dúvidas, Messi apenas disse que Neymar estava passando mal e por isso lhe segurava, depois disso eles foram levados até aquele quarto, mas não lembrava como conseguiram caminhar até lá. Messi realmente não lembrava muito bem, mas acreditava que Neymar e ele simplesmente caíram naquela cama e apagaram minutos depois, detonados pelas bebidas.

Diez días | NeyMessiOnde histórias criam vida. Descubra agora