22 - Casa nova, velhos hábitos

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Rosalie suspirou ao deixar a bolsa cair no sofá. Ela vasculhou o apartamento com os olhos. Sua nova casa era exatamente o oposto da casa em Overland, mesmo que fosse tão grande quanto. A porta dava para a sala de estar decorada em branco e preto. Um conjunto de sofás de couro brilhava sob o sol do fim de tarde, assim como os tapetes macios e peludos.

Lançou um olhar para o outro lado do corredor, onde a parede se abria em um arco. A sala adjacente tinha uma longa mesa de jantar, acompanhada por um conjunto de cadeiras elegantes e vasos com rosas grandes e vermelhas. Mesmo do corredor, ela podia ver os armários de madeira brilhando.

Rosalie parou no corredor, admirando a sensação que a casa trazia para ela. Já tinha se mudado mais vezes nos últimos meses do que na vida inteira. Nikolai entrou atrás dela, trazendo o resto das malas. Por enquanto estavam sozinhos. Osman tinha alugado o apartamento da frente para Eric e, desde que Alexandra estava fora da cena, os dois acabaram sozinhos enquanto ele se ajeitava lá.

— Por que viemos para Seattle? — ela perguntou.

— Osman queria você longe de Ethan. E estava na hora de nos movermos. Não podíamos ficar lá para sempre.

— Eu sei disso. O que quero dizer é: por que Seattle? Achei que fossemos ficar em cidades pequenas.

Nikolai deu de ombros.

— Não costumo questionar a lógica dele. Talvez ele ache que vá ser mais fácil te manter anônima em uma cidade grande.

Ela suspirou e o encarou, se dando conta, pela primeira vez, que estavam realmente sozinhos. A viagem de seis horas foi recheada de pensamentos caóticos e reflexão. Ainda estava incerta sobre como reagir ao que tinha acontecido antes que saíssem de Overland. Nikolai parecia estar falando sério. Ele tinha segurado sua mão e deixado que ela cochilasse em seu ombro durante a viagem, mas Rosalie ainda estava receosa.

A memória da rejeição ainda estava fresca. Ela não queria entrar de cabeça e acabar sendo magoada de novo. Especialmente agora que Osman sabia de tudo. Não tinha dúvidas de que ele cumpriria suas promessas se Nikolai quebrasse seu coração.

— Valeu a pena? — a voz dela cortou o silêncio.

— O quê?

— Ter uma arma apontada para a sua cabeça, só para ficar comigo.

Ele abriu um sorriso preguiçoso.

— Valeu. Não me importo se ele me matar, ainda vai ter valido a pena se significar que posso ficar ao seu lado.

Então ele estava em cima dela. Rosalie suspirou ao sentir suas mãos, agarrando sua cintura e a puxando para perto dele. Era muito fácil esquecer de todas as suas inseguranças quando ele a beijava. Ela se sentiu derreter, o sabor da boca dele invadindo a sua.

Nikolai a empurrou para trás gentilmente, até que ela estivesse presa contra a parede. A mão direita dele serpenteou até seu pescoço, fechando os dedos ao redor dele, enquanto a esquerda se infiltrava por baixo da saia dela. O pedaço de pano cedeu diante da mão dele, subindo até que não fosse nada mais do que um bolo ao redor da cintura dela.

— Você estava me deixando louco com essa maldita minissaia. Tem ideia de quantas vezes pensei em te arrastar para o banheiro do avião?

Rosalie tremeu sob o toque dele.

— Acho que posso ter uma leve ideia, sim — ela murmurou de volta, escorregando a mão pelo volume pressionado contra sua barriga.

Um sorriso satisfeito cruzou o rosto dele. Nikolai agarrou a bunda dela com uma das mãos. A que estava em seu pescoço puxou a barra da camisa dela, expondo os seios ao frio. Ele sabia que ela tinha saído sem sutiã, mas ver isso provocava uma reação completamente diferente de apenas saber. Rosalie soltou um gritinho quando ele abocanhou um dos seios, desesperado pelo gosto dela.

O doce sabor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora