25 - Mais do que sexo

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— Acho que precisamos conversar sobre uma coisa — Rosalie disse ao se aproximar da mesa.

Nikolai passou um dos braços ao redor da cintura dela, a puxando para seu colo antes que ela pudesse se sentar na cadeira. Rosalie suspirou, se acomodando. Ele sempre tornava tudo mais difícil quando fazia coisas como aquela.

— Pode falar — murmurou ele ao bebericar seu café.

- A médica me receitou antidepressivos e um dos efeitos colaterais é a falta de libido...

— Sim, é um efeito comum. O que houve? Está com medo de tomar?

Ela balançou a cabeça.

— Não exatamente. É só que... Queria que você soubesse o que está escolhendo.

Nikolai revirou os olhos.

— Rosalie, não estou com você pelo sexo. Com certeza ele é um belo bônus, mas se fosse só isso eu não teria enfrentado Osman.

— Ainda assim, eu não tenho ideia do que isso vai fazer comigo. E se eu nunca mais quiser transar com você enquanto estiver tomando?

— Não ligo. Já disse: não estou com você pelo sexo.

Ele a girou em seu colo, a virando para encarar seu rosto. Correu o polegar pela bochecha dela, assistindo um leve rubor nascer por baixo da pele. Ela o encarava com um olhar preocupado. Era como se Nikolai pudesse ver todos os traumas escondidos no brilho deles.

— A minha vida inteira eu fui um objeto sexual. É o que eu sei fazer de melhor. Sem isso, o que me resta? — a voz quebradiça dela chegou como um sussurro aos ouvidos dele.

— Todo o resto. Você não consegue ver a si mesma do jeito que eu te vejo, mas um dia vai enxergar tudo isso. Ainda tem uma vida inteira a sua frente.

Rosalie respirou fundo.

— Vocês adoram dizer que sou jovem demais, não é?

Ele riu. Era um daqueles sorrisos que faziam com que o coração dela tremesse. Eles eram raros e sempre apareciam como o sol depois de uma tempestade.

— É porque você mal colocou os pés na vida adulta. Sei que parece que já viu de tudo, mas quando ficar mais velha...

A revirada de olho dela o fez querer colocá-la sobre a mesa e lhe dar uns belos tapas.

— Você fala como se já fosse um idoso. Só temos oito anos de diferença.

— Oito anos são uma quantidade considerável. Quando você tinha oito anos, eu já estava terminando com a minha primeira namorada.

Uma careta invadiu o rosto dela.

— Não quero ouvir sobre nenhuma ex-namorada sua, obrigada.

Ele escondeu um sorriso ao pressionar a boca no pescoço dela.

— O que eu quero dizer é: você ainda vai ter bastante tempo para descobrir quem você é de verdade. Quem sabe a falta de libido não seja uma coisa boa? Pode ser a sua chance de descobrir o que realmente gosta de fazer.

Rosalie deu de ombros.

— É, pode ser. Mas ainda duvido que você vá querer ficar comigo sem sexo.

A boca dele subiu por seu pescoço, viajando pela pele sensível.

— Então acho que vou ter que te provar que você está errada.

— Então acho que vou ter que te provar que você está errada

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O doce sabor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora