27 - Minha

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— Você ainda está bravo? — Rosalie perguntou ao tirar os sapatos e chutá-los para o canto do quarto.

Nikolai levantou a cabeça. Ele estava sentado na cama, as mãos abrindo os botões da camisa, enquanto uma expressão fechada tomava conta de seu rosto. Rosalie se aproximou, afastando as mãos dele e tomando a tarefa para si.

— Não estou bravo, estou preocupado com a sua segurança.

Ela revirou os olhos.

— Sabe que não precisa se preocupar com isso. Dominic e Eric andam atrás de mim dia e noite e, quando eles não estão por perto, tenho você. Como eu poderia estar mais segura do que isso?

O russo suspirou.

— Não gosto daquele garoto.

Um sorriso surgiu no rosto dela. Rosalie escorregou as mãos por dentro da camisa, agora aberta, sentindo a pele quente dele na ponta dos dedos. Ela se inclinou e depositou um beijo na bochecha dele.

— Admita que está com ciúmes.

— Já admiti.

— Eu sei, mas gosto de ouvir isso — disse ela ao se jogar nos braços dele, montando em seu colo.

Nikolai a segurou, correndo as mãos pelas pernas nuas dela. A saia do vestido era rodada, lhe dando espaço para subi-las. A tentação de agarrar a bunda dela fez os ossos dele tremerem. Usando o pouco de autocontrole que ainda lhe restava, Nikolai abaixou as mãos, as colocando no colchão.

Era quase impossível saber se ela estava realmente com tesão ou se era só um pedido estranho por atenção. Desde que tinha começado com os remédios, todas as noites eram uma incógnita. Não que estivessem completamente longe um do outro naqueles meses, haviam algumas noites de exceção, mas a última coisa que ele queria era forçar a barra.

— Você é o demônio, sabia?

Rosalie agarrou a mão dele de novo, a colocando exatamente onde estava.

— Sim, eu sei.

Ela soltou um suspiro satisfeito quando ele cedeu, a agarrando com força. Os quadris dela se moveram sem permissão, se esfregando contra ele em uma tentativa desesperada de conseguir um pouco mais dele. Nikolai beijou seu pescoço, a barba fazendo cocegas, antes de descer a boca para o colo.

Ele enfiou as mãos sob as alças do vestido, as puxando para baixo. Os dentes dele repuxaram a pele acima dos seios, mas a língua veio logo depois, acalentando a pele. As mãos dele estavam por todo lado. Rosalie enfiou as dela em seu cabelo, sentindo os cachos macios, enquanto ele abocanhava o seio direito.

A língua dele era como uma entidade própria, circulando o mamilo apenas para dar espaço aos dentes. O russo passou um dos braços ao redor da cintura dela, se levantando com Rosalie ainda em seu colo. Ela piscou, confusa, ao se dar conta de que estava deitada no colchão logo depois.

O vestido foi o primeiro a desaparecer. O apartamento ainda estava frio, fazendo com que ela se arrepiasse inteira nos poucos segundos sem o calor dele. Ele parou, o peito subindo e descendo com violência, ao colocar os olhos na calcinha de renda. Não era nada além de um maldito pedaço de pano transparente e ele não conseguia acreditar que ela estava usando aquilo para sair em público.

O russo deslizou o dedo indicador entre a renda e a pele dela, sem tirar os olhos da figura sem ar logo abaixo dele. O material não resistiu ao puxão, se transformando em um trapo em segundos. Um sorriso embasbacado surgiu no rosto dele. A renda estava grudada na pele dela, expondo exatamente o quanto ela estava molhada.

— Como você ousa sair com algo assim e não me contar? — ele sussurrou, seu corpo pairando sobre o dela.

Nikolai deslizou o dedo do meio por entre as dobras molhadas, conseguindo um guincho familiar em resposta.

O doce sabor do pecadoOnde histórias criam vida. Descubra agora