Dez

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Oliver Queen 🩺

Tentei a todo custo não demonstrar meu desespero na frente dela, tentei a todo custo me manter calmo. Eu sabia que ela estava assustada, sabia que ela precisava de mim. Mas ela não precisava do Oliver aflito, ela precisava do Oliver calmo para acalmá-la. Preferi sair de perto, me acalmar e então voltar para Felicity.

Eu, Oliver Queen, com medo? Quem diria!

Dois bebês!
DOIS bebês!
Dois BEBÊS!
DOIS BEBÊS!

Eu não estava preparado nem para um. Mas eu estava tentando, tinha comprado até uma roupinha amarela para o bebê, mas eu comprei UMA. Eu teria que voltar na loja...

As únicas crianças que eu tinha contato eram os filhos do Dig, e eu via o quanto a Sara era uma criança educada e calma, JJ ainda era um bebê. Mas eu sabia que nem todas as crianças eram iguais, eu já me assustava o fato de ter um pestinha bagunçando a casa, AGORA SÃO DOIS PESTINHAS!

— Sai daqui agora, meu irmão – um cara moreno baixinho e forte veio na minha direção com umas bolsas de criança penduradas no seu ombro. Então olhei em volta e reparei onde eu estava, no parquinho. – Eu não quero fazer escândalo – meneou com a cabeça – Então tira as mãos do seu bolso e cai fora daqui - Ele estava falando comigo? Olhei para os dois lados achando que tinha alguém próximo a mim. – Não adianta se fazer de desentendido não, meu irmão, é contigo mesmo que eu estou falando. O único pervertido com as mãos no bolso.

— O que? – perguntei sem entender – Eu não sou nenhum tarado não – tirei as mãos do bolso

— Se você não tem filhos, então suma!

— Eu tenho filhos, ok? Dois.

— Ah é mesmo? – cruzou os braços

— A duas semanas eu nem sabia da existência dela, eu nem sabia que ela estava grávida, mas aí ela me aparece, e com gêmeos. E meu melhor amigo que é o ginecologista que fecundou ela. Meu melhor amigo viu a vagina da minha mulher primeiro que eu. – soltei tudo de uma vez só

— Eu sei bem do que você precisa. – sentou no banco que estava ao nosso lado e depositou a bolsa ali, tirando de lá uma caixinha de suco de uva infantil e me estendendo.

— Como minha vida virou de cabeça para baixou do nada? – suspirei e coloquei as mãos na cintura

— Pega o suquinho – balançou a caixinha. Me dei por vencido e sentei ao seu lado pegando a caixa de suco

— Como abre essa coisa? – perguntei rodando com a embalagem na minha mão

— Tira a camisinha – falou tirando o canudo do plástico - e enfia no buraquinho que tem o feixe – falou enfiando o canudo na caixa.

— Depois eu que sou pervertido – falei fazendo o que ele disse. Ele gargalhou. Comecei a beber o suco – Eu estou zonzo.

— Isso é normal, bro. Piora depois

— Você não está ajudando. – cocei a testa – Qual é o seu?

— Eu tenho três

— Três? – Eu estava em desespero, pois teria dois.

— Isso – apontou para o escorrega onde uma menina morena de cabelos enrolados estava pronta para descer – Aquela lá é a mais velha, Zoe – Apontou para o balanço – Aquele ali é meu do meio, Bill – apontou para o cercado de areia – Aquele ali é o Jack, o mais novo

— Mas o Jack ta comendo areia – falei franzindo o cenho

— Eu sei... Depois de ter o terceiro, você não vai ligar nem um pouco pra isso – assenti ainda de cenho franzido

Unidos pelo acaso / Olicity ~ ArrowOnde histórias criam vida. Descubra agora