Uma amizade tem que ser sovada como pão.

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- Calma, já entramos. - Ayla falou para deixar de ser empurrada por ele.

- Graças a Deus...quase mijei na calça.

O jeito que ele falou misturado com a respiração ofegante e as mãos dele nos joelhos, fizeram ela rir como a muito tempo não ria.

- Aí

Ela na empolgação se desequilibrou e quase caiu no chão, sendo segurada por ele.

- Quase fez eu derrubar os lanches. - Ela tentava se recuperar.

- Que era pra ser só um lanche, não é? - Ele a disse dando uma bronca.

- Não ia deixar você sem comer nada. 

- Eu trouxe a minha marmita, senhorita.

- Ok. Mas você vai negar? - Ela deu um sorrisinho e mecheu o ombro de um jeito fofo. - Um humilde presente dessa menininha?

- Ayla não faz esse jogo.

- Depois de tirar a virgindade desse ingênua e indefesa menina vai negar essa declaração? - Ela colocou ênfase em "ingênua e indefesa" fazendo cara de coitada.

- Que virgindade Ayla? - Ele falou assutado.

- Da boca. - Ela tocou os lábios.

Ele tirou a cara de preocupação e mostrou em uma reação de olhos e boca baixos: 😒

- Declaração? - Ele levantava a sobrancelha em dúvida.

- Do meu afeto. - Já ela fazia uma carinha fofa e carinhosa.

- Ta bom, tudo isso só por causa de um lanche?

- Eu sou insistente.

- Onde aprendeu isso?

A morena sentiu uma sensação fervente na boca do estômago e a sua barriga tremer.

- Vamos conversar enquanto a gente come, o intervalo é muito curto.  - Ela fez uma carinha pedindo piedade e fazendo piquinho.

Ele se deu por vencido e aceitou ela pagar seu lanche, que custo quase a vida dos dois.

- Você venceu.

Os dois conversaram um pouco enquanto comiam e falaram de assuntos como o Nino, os amigos de Luciano e se a piscina que eles estavam construindo já estava pronta ou não.

Quando o intervalo acabou eles se despediram, Ayla foi ao banheiro rapidamente lavar as mãos e a boca e voltou para sala. Onde já estava a maioria dos alunos, inclusive o trio que havia "abandonado" ela.

Marinette puxou assunto sobre como tinha sido o suposto tempo que a morena ficou sozinha.

- Até que não foi tão ruim. - Ela admitiu.

- Jura? - A mestiça se surpreendeu. - Não ficou sozinha no intervalo?

- Por sorte, o meu príncipe estava no jardim. - Ela falou sorrindo

- Seu príncipe? - Ela perguntou confusa.

- Você sabe.... O Luciano.

Marinette olhou para o lado com uma expressão sem reação para Nino.

- A..ta.

- Por que?

- Hum? - Marinette voltou seu olhar para ela.

- Por que?

- Por que o que?

- Por que tá perguntando isso?

Minha Despatricinha (Hiatus) Onde histórias criam vida. Descubra agora