- Adrien, entre por favor. - Alexandre falou assim que viu o menino na porta.
- Boa tarde, Senhor Alexandre. Como o senhor está? - Adrien mantia uma feição um pouco estranha, como se algo o tivesse acontecido.
- Melhor agora, com você aqui meu filho. - Falou feliz o homem.
- Aé? - Adrien estranhou, Seu Alexandre sempre foi um homem alegre, mas agora parecia mas que o normal. Além do mais, não seria do feitio dele estar feliz na hora de despedir alguém.
- Sim. - Ela fez um feição mas fechada e séria. - Eu tenho que te pedir desculpas meu rapaz.
- O senhor não precisa fazer isso, eu por sorte ja arrumei outro emprego, não paga tão bem quanto aqui mas vai dar pra segurar as pontas la de casa.
- Pois sinto lhe informar que esse emprego terá que desistir de você, pois você ainda é o meu funcionário.
- O que? Como assi...? - Ele foi interrompido.
- Aceita seu emprego de volta? Ou prefere ficar nesse que arrumou? - Ele perguntou ja sabendo a resposta.
- É claro que eu aceito voltar Seu Alexandre. Meu Deus eu estou muito contente.
- Que bom.
- Mas espera aí... porque o Senhor mudou de ideia com relação a isso? - Ele perguntou confuso.
- Meu rapaz, eu descobri que planejaram te derrubar em cima daquela moça no domingo.
- O que? Isso é sério? Quem fez isso? - Ele franziu o rosto.
- Com isso não tem que se preocupar, só quero que saiba que não precisa mais trabalhar nesse outro lugar.
- Obrigado, eu agradeço muito. - Ele se tocou. - Mas... como o senhor descobriu isso?
- A garota na qual você caiu em cima, veio aqui e me mostrou um aúdio que ela gravou, das pessoas se confessando.
- Ela? - Não era possível. - A Marinette?
- Sim ela mesma, Marinette Dupain-Cheng, veio aqui dizer para eu não te demitir, porque você não tinha culpa de nada.
Dentro da cabeça de Adrien rolavam várias perguntas, mas também rolavam lembranças sobre o que tinha acontecido do set de gravações.
- Eu não sabia que você tinha sido demitido, mas não se preocupe isso durará pouco.
Agora, tudo faz sentido.
- Eu tenho que ir agora. Mas eu prometo que vai ficar tudo bem, ok?
- Adrien? - Chamava o senhor que via, o garoto parado sem falar nada. Agora com um feição mais para baixo.
- Do que você está falando? - Ele se lembrou de como tinha falado com ela da última vez.
- Eu vou te ajudar. - Ela só queria me dar paz, e eu falei com ela muito mal.
- Você é estranha. - Quando se lembrou da última coisa, se levantou rapidamente.
- Adrien meu garoto, o que aconteceu? - Perguntou o homem.
- Eu tenho que ir Seu Alexandre, muito muito obrigado mesmo.
Adrien saiu na maior carreira.
- Cristian, você viu uma garota de cabelo azul saindo daqui? - Adrien perguntou ao faxineiro.
- Adrien meu companheiro, como você está? - O homem falou, mas não respondeu.
- Eu to bem, agora me responde, você viu? - Ele parecia nervoso.
- Sim eu vi, ela acabou de sair.
- Ta bom, obrigad... - Adrien iria ir até a porta para sair, mas teve seu braço puxado.
- Espera, olha só ela acabou de sair mas antes ela me deu uma grande lição de moral acredita?
- Eu tenho que... - Ele foi puxado de novo. Coitado estava esperançoso de falar com ela pois conseguiu vê-la do lado de fora, abraçando um homem de terno e chapéu preto perto de um carro.
- Ela falou que eu não deveria julgar as pessoas pelo dinheiro que elas tem ou não tem. - Ele mostrou o braço. - Até me arrepiou.
- Ta bom mas me deixa ir. Ela ja estava quase indo embora. - O loiro ja estava começando a ficar nervoso.
- Espera, o que ela falou fez sentido pra mim, por isso eu queria te pedir desculpas por tudo o que eu ja falei pra você.
- Taaa. - O garoto impaciente se soltou da mão dele e correu até la, pena pois ela ja tinha entrado no carro com o homem e ido embora.
- Espera. - Ele viu o carro na estrada ja um pouco longe. - Droga! Eu só queria...agradecer.
Ele se lamentava por não conseguir alcança-la.
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Ja Marinette quando chegou a casa dela, saiu do carro e olhou para Sérgio.
- Sérgio, se te perguntarem lembra que eu te deixei sair pra comer um lanche, usando o carro, ok?
- Ok, Marinette.
- Até mais meu cúmplice. - Ela falou como se tivessem feito um crime e foi correndo até o quarto.
- Até. - O homem ria.
Quando chegou la, pulando pela janela ouviu a porta ser batida.
- Marinette, está ai? Está dormindo minha filha? - Era seu pai. Ela jogou a bolsa na cama e fez uma cara de quem tinha acabado de acordar.
- Oi pai. - Ela abriu a porta. - O que o senhor deseja?
- Podemos conversar?
- Claro, entre. - Ela deixou ele passar.
Ele olhou o quarto e falou:
- Você saiu?
- Não.
- Então porque sua bolsa esta aqui? - Ele perguntou vendo a bolsa na cama.
- Eu estava entediada, por isso peguei algumas coisas pra... doar...é só isso. - Isso! Boa desculpa.
- Você ainda faz isso? Por que? - Ele perguntou sentando na cama.
- Não é sobre isso que o senhor veio conversar não é? - Ela se sentou junto a ele.
- Não. Eu queria falar... que pensei bem e... decidi deixar você estudar em uma escola de verdade, como você queria.
- Sério? - Ela mudou totalmente a sua feição. - O senhor vai deixar?
- Sim. Você vai estudar na mesma escola que eu e sua mãe estudamos quando éramos mais novos.
- Como o senhor sabia que eu queria estudar lá?
- Minha filha, eu te conheço... e você fala disso a 2 anos. Se eu não tivesse pelo menos uma noção seria ironia minha não é?
- Muito obrigada pai, eu prometo que você não vai se arrepender. - Ela o abraçou e ele fez o mesmo.
- Eu sei minha filha, eu sei. - Falou doce.
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Minha Despatricinha (Hiatus)
RomanceE se houvesse uma (des)patricinha ao invés de um (des)mauricinho ?