Capítulo 15

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Esse cap ta mto longo e mto intenso KKKKKKKK mas no final tem mimos, então aproveitem porque isso não é normal 😉

Boa leitura!






Mansão Pickens, 18 de fevereiro de 1885, 20:20 PM.

Estava eu sentada em minha mesa, rodando a minha segunda taça de champanhe em minha mão enquanto encaro a maldita pista de dança improvisada, onde os malditos casais dançam apaixonados. Sorrio amargamente ao encontrar a silhueta da pessoa que eu estava procurando, dançando como se estivesse inerte a tudo a sua volta, com aquele maldito sorriso lindo no seu maldito rosto lindo.

Bebo o resto da bebida que estava em meu copo e pego outro da bandeja que o garçom oferecia.

— você devia pegar leve. As pessoas já estão comentando. — Fen sussurrou em meu ouvido e eu bufei, não conseguindo controlar meu mal humor. — e melhora essa cara, se não quiser que descubram nossa farsa — falou ao apertar minha cintura com mais força. Ato que para os outros parecia lindo, mas que para mim me causava repulsa.

— não posso ao menos beber em paz? — perguntei irritada e ele suspirou com uma expressão nada boa.

— olha aqui, eu não sei o que aconteceu para você estar assim, mas algo me diz que tem haver com aquela moça na nossa frente. — apontou para Topaz — então eu aconselho a você resolver isso com ela, em outro momento. Ao invés de complicar mais as coisas para nós. — sussurrou irritado em meu ouvido e eu revirei os olhos tomando mais um gole de minha bebida — e eu fico com isso. — disse arrancando a taça da minha mão e eu o encarei incrédula — sorria e acene, querida. Estamos sendo observados — foi a última coisa que ele disse ao sorrir forçadamente para mim e ir em direção a Archibald Andrews e Jedediah Jones, que conversavam animadamente em um canto não muito longe de onde eu estava sentada.

Finalmente um pouco de sossego.

Voltei a encarar a pista de dança, onde Thomasina agora estava com a cabeça jogada para trás enquanto ria de algo que o homem disse a ela.

Um homem. Fazendo a minha Thomasina rir.

Bufo irritada. Mesmo assim, não conseguia tirar os olhos dela. Ela estava insuportavelmente maravilhosa, chamava a atenção de todos a sua volta. Seria impossível não chamar. Seu vestido que foi feito sob medida para ela, ficava deslumbrante nela. E seus cachos caindo livremente sob suas costas.

De repente senti saudade dela, de seu toque. Da sua risada quando o motivo é algo que eu digo. Da forma como seu nariz franze quando ela não entende algo que eu digo, ou a forma como ela fala das coisas que ama. Senti meu peito afundar ao sentir algo que nunca presenciei antes.

Saudade e... Amor.

Sim, eu a amava. Mesmo sendo covarde suficiente para não conseguir dizer isso a ela, eu a amava. E isso me assusta mais do que consigo expressar.

Em toda a minha vida só amei apenas uma pessoa, meu irmão. Eu sempre achei o amor superestimado demais. Contos de fadas eram superficiais demais, nada disso parecia o certo para mim. Quando pensava em meu futuro, eu me via ensinando garotas que elas, assim como eu, não precisam amar para se sentirem inteiras, ensinando que não é errado não amar nada além de si mesmo.

Mas o quão irônico é saber que eu não me identifico mais com isso? Hilário a forma como as coisas mudam.

E vendo a mulher a alguns metros de mim, ainda não conseguia entender como as coisas chegaram até aqui. Como mudaram tão rápido.

Pela primeira vez nessa noite, senti seu olhar ser direcionado a minha pessoa. Quando nossos olhares se encontraram, seu sorriso sumiu. Me fazendo sentir uma vontade absurda de desabar. Sem conseguir sustentar aquele olha, eu desviei. Mais uma vez, convarde demais para olhar em seus olhos.

the love never dies. - Thabigail Onde histórias criam vida. Descubra agora