Capítulo 4

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Mansão Blossom's, 1 de fevereiro de 1885, às 14:00 pm.

Mais ou menos uma semana havia se passado desde a chegada dos novos hóspedes em minha casa. Fen continua morando conosco, já que meu irmão permanecia em estado grave, já no hospital de Riverdale. E Thomasina? Bom, ela aprendeu rápido a como lidar com as garotas, mesmo algumas sendo um pouco duras com ela, a mesma não perdeu sua animação, o que me faz ficar ainda mais admirada pela garota.

Nossa relação tem evoluído rápido, somos amigas. Encaixei na minha rotina agora sempre fugir um pouquinho das minhas obrigações para passar o tempo com ela, já que os outros moradores não têm sido muito receptivos com ela.

— enfim, garotas. Estão liberadas. — a voz da mulher me trouxe de volta a realidade — lembrem de ler a pagina 4 do livro de astrologia! — disse antes de todas saírem pela porta

Eu sorri e me aproximei, ela permanecia calada fechando seus livros.

— você está bem? — perguntei encarando seus movimentos rápidos

— claro, por que não estaria? — devolveu a pergunta me encarando pela primeira vez

— não sei. Parece incomodada — eu comentei

— impressão sua, Abigail — ela disse séria — agora se a senhora me der licença, preciso preparar as atividades para amanhã — eu apenas assenti ainda confusa, vendo-a sair como um vulto do cômodo

O que será que aconteceu com essa mulher?

                                 (...)

— Abigail Blossom! — a voz atrás de mim me fez parar meus movimentos e reprimir os olhos. Virei para encarar o homem e sorri falsamente

— Fen! — fingi animação — o que faz aqui essa hora? — perguntei encarando o relógio na parede do corredor

15:40. Ele normalmente está cortando lenhas esse horário, o que é o tempo perfeito para mim ficar sem obrigações e não ter ele colado em mim. Ultimamente, todo o tempo livre que tenho, ele quer que eu fique com ele, me deixando sem opções a não ser me esconder dele na minha própria casa.

— minhas fontes me disseram que você fica liberada de seus trabalhos esse horário — apontou discretamente para Marta que estava escorada no arco da porta, nos observando. Eu suspirei — então eu decidi conferir — completou

— entendi. — sorri forçado — bom, mas sinto muito em dizer que eu estava agora indo até a.. — começo a dar minha desculpas, mas ele me interrompe

— Thomasina? — perguntou e eu assenti — creio que não quer receber visitas. Se trancou na biblioteca e disse para não incomoda-la — disse tediosamente e eu franzi a testa

— mesmo? — perguntei confusa e ele assentiu — talvez eu deva dar uma checada para ver se ela está bem e.. —

— Abigail.. — sua voz me fez parar de tagarelar e encara-lo — nós dois sabemos que ela não quer te ver hoje, creio eu que não tem nada que você possa fazer para ajuda-la além de dar um tempo á ela. — ele disse em um tom amigável, me fazendo suspirar ao constatar que o mesmo tinha razão

Ela não queria ver ninguém, eu deveria deixá-la sozinha um tempo, como é sua vontade.

— você tem razão — eu disse um pouco decepcionada e ele tentou disfarçar o sorriso de satisfação mas falhou

— agora, eu sei um jeito de distrair a senhorita. Siga-me. — ao perceber que ele realmente não desistiria, eu decidi ceder. — eu meio que já havia planejado tudo. Claro, não sozinho — ele voltou a falar quando chegamos no jardim. Me fazendo arregalar os olhos em surpresa

the love never dies. - Thabigail Onde histórias criam vida. Descubra agora